postado em 16/09/2008 12:57
São Paulo (SP) - A medalha de ouro com a seleção brasileira feminina nas Olimpíadas de Pequim abriu mais portas para o futuro do técnico José Roberto Guimarães. No entanto, o treinador descartou voltar a trabalhar no futebol neste momento e já traçou que seus próximos anos serão iguais aos que passaram.
Mesmo sendo bem visto no Morumbi, o treinador descarta assumir neste momento alguma função no clube e lembrou que está com seu futuro confirmado para os próximos anos, mantendo-se no comando da seleção feminina e do time italiano Pesaro.
;Já estava acertado que eu ficaria na seleção. Eles não queriam que eu voltasse como técnico para a Itália, mas, antes das Olimpíadas, eu não sabia como seria meu futuro e já tinha acertado meu contrato na Itália;, afirmou.
Assim, apesar da intenção da CBV de tê-lo exclusivamente na seleção, Zé Roberto já confirmou sua seqüência no clube italiano. Mesmo assim, o treinador mostra que está atento ao que terá de fazer à frente das campeãs olímpicas.
;A próxima meta será ganhar um Mundial e ajudar na formação da nova levantadora, que é agora o calcanhar de Aquiles da seleção feminina;, afirmou o técnico, lembrando que Fofão deixou a seleção depois dos Jogos em Pequim. Desta forma, com seu futuro traçado no vôlei, Zé Roberto prefere continuar apenas como torcedor no futebol.
;Eu prefiro trabalhar na arquibancada, assistindo e cornetando. Eu nunca digo que nunca voltarei ao futebol, mas tenho algo a realizar no vôlei. Não ganhamos ainda o Mundial feminino;, afirmou o técnico, para depois explicar melhor sua condição de torcedor.
;Eu sou técnico e não fico cornetando porque sei das dificuldades de um dia-a-dia do time. Conversei com o Muricy por 40 minutos apenas sobre vôlei e Olimpíadas. Só no finalzinho falamos de classificação. O São Paulo está junto com o Botafogo em quarto e acho que temos chances de chegar. Faltam 13 jogos e, como o São Paulo é um time de chegada, pode ter surpresa;, acrescentou.
Apesar de são-paulino, José Roberto já se aventurou no mundo do futebol por um rival paulista. No fim da década passada, o profissional assumiu o cargo de gerente de futebol do Corinthians, quando o departamento era administrado pela então parceira do clube, a Hicks Muse.