postado em 25/09/2008 12:26
A Fifa anunciou nesta quinta-feira (25/09) a decisão de punir a Federação Croata de Futebol (HNS) por ofensas racistas em jogo pelas Eliminatórias Européias para a Copa do Mundo de 2010. As denúncias são referentes ao jogo do dia 10 de setembro contra a Inglaterra, realizado em Zagreb e encerrado com vitória inglesa por 4 x 1.
Na ocasião, o atacante Emile Heskey recebe cartão amarelo por uma falta no capitão croata Niko Kovac. Inconformada, parte da torcida começou a entoar cânticos racistas e a imitar macacos, como forma de insultar o jogador do Wigan. Mesmo assim, a Inglaterra venceu, com três gols de Theo Walcott.
No entanto, a Fifa se reuniu e decidiu julgar o caso, punindo os dirigentes croatas em 30 mil francos suíços (pouco mais de R$ 50 mil). Foi a segunda punição da federação em menos de seis meses, já que a torcida axadrezada já havia sido punida por motivo semelhante durante a Eurocopa de 2008, após jogo contra a Turquia pelas quartas-de-final da competição.
;A Federação Croata de Futebol foi considerada culpada de violação do artigo 50, parágrafo dois, do Código Disciplinar da Fifa, e recebeu uma advertência referente à conduta futura, segundo o artigo 13. Novas incidências referentes ao artigo 58 levarão a a sanções mais severas do Comitê Disciplinar da Fifa;, advertiu a entidade máxima do futebol mundial, por meio de uma nota em seu site oficial.
O órgão ainda espera que a medida possa servir de exemplo para que os incidentes semelhantes se tornem cada vez menos freqüentes. ;O racismo não tem espaço no futebol. A Fifa está determinada a continuar divulgando sua mensagem por todo o mundo e lançando mão de todos os recursos disponíveis para eliminar esta forma de discriminação;, completou.
A federação croata recebeu a pena conformada, mas acredita que não poderia ter sido castigada pelo comportamento da torcida. ;Aquilo parece mais uma expressão de frustração dos torcedores com a partida do que uma tentativa de insultar alguém. Nós condenamos aqueles casos individuais;, afirmou Davor Gavran, porta-voz dos dirigentes da Croácia.