postado em 28/09/2008 20:06
Para três jogadores da Seleção Brasileira de futsal, a Copa do Mundo que começa amanhã tem um gostinho especial. Ao pisar na quadra do Ginásio Nilson Nelson às 10h30 diante do Japão, o ala Falcão, o fixo Schumacher e o goleiro Franklin estarão disputando o terceiro mundial da carreira e, desta vez, querem um resultado diferente dos últimos dois, em 2000 e 2004, quando a Espanha se sagrou campeã.
Falcão, eleito o melhor jogador do último mundial, acredita que o diferencial deste torneio seja o trabalho de uma psicóloga e uma nutricionista junto à delegação brasileira. "Com tal preparação, temos um conhecimento maior de nós mesmos. Além do mais, evoluímos taticamente. O jogador brasileiro sempre foi melhor tecnicamente, mas precisa trabalhar aspectos táticos como marcação, passes e tomadas de bola. Mas é claro que o talento individual pesa e isso o brasileiro tem de sobra. Não é à toa que seleções como Itália e Japão têm jogadores nascidos no Brasil vestindo a camisa deles. Respeito esses atletas, pois é o projeto de vida de cada um", analisa Falcão.
Japão
No dia da estréia, nossa seleção não vai enfrentar apenas jogadores de olhos puxados. Pois é, tem brasileiro na equipe japonesa. E não só um, mas três. Além do treinador Sérgio Sapo, o preparador físico Marco Antônio Avellar e o ala Ricardo Higa, um dos destaques da equipe, integram a delegação do Japão.
Sapo, ex-jogador de futsal e bicampeão mundial pela Seleção Brasileira, admite sentir um friozinho na barriga às vésperas de enfrentar o Brasil e ainda jogando em território "inimigo", mas acredita que a maior pressão esteja do lado dos comandados pelo colega brasileiro P.C. Oliveira. "Sou brasileiro, sim, mas sou profissional e, além do mais, acredito que a ansiedade e a responsabilidade deles seja maior que a nossa. Vão jogar em casa, com a pressão da torcida e de serem favoritos. Isso pode até nos ajudar dentro da quadra", opinou.