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Seleção de futsal quer quebrar hegemonia espanhola no Mundial

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postado em 30/09/2008 08:11
Aos 31 anos, Alessandro Rosa Vieira é, indiscutivelmente, um ser humano realizado. Afinal, ainda jovem conquistou respeito em sua área profissional, obteve uma ótima situação financeira a ponto de se dar ao luxo de recusar propostas estrangeiras e, de quebra, ainda é ídolo de crianças, jovens e de todos aqueles que gostam de esporte. Mas ainda falta algo na vida de Alessandro. Um único fator que o incomoda desde 2000 e que ele pretende pôr um fim a partir de terça-feira (30/09), quando a bola rolar na Copa do Mundo de Futsal da Fifa. Afinal, Alessandro é ninguém menos que o astro Falcão. Para ele, ter sido eleito o melhor jogador do planeta só não basta. É preciso fazer parte do melhor time do planeta, um feito que ainda persegue. Assim, apesar de toda a experiência, o craque confessou que a última noite antes da estréia,que será nesta terça-feira às 22h30, diante do Japão, deveria ser de extrema ansiedade. O jogo será no Ginásio Nilson Nelson, que estará lotado. Até às 13h de segunda (29/09), 90% dos ingressos haviam sido vendidos. Globo, Bandeirantes e o canal SporTV (Net e Sky) anunciam a transmissão da partida. ;Com certeza vai ser uma noite complicada;, contou Falcão, no último treino antes do primeiro duelo pelo torneio. ;Por mais campeonatos que eu já tenha jogado, por mais jogos que eu já tenha ganhado e perdido, o frio na barriga existe e a noite vai ser mal dormida;, prosseguiu. Falcão tem motivos para estar tão ansioso. Como se não bastasse ainda não ter conquistado o título mundial, o atleta é um dos três integrantes do elenco do técnico PC de Oliveira que viveu, nas últimas duas edições, o trauma de ser superado pela Espanha. Os europeus levaram para casa o troféu em 2000, na Guatemala, quando derrotaram o Brasil na final por 4 x 3, e faturaram ainda o título em 2004, em Taiwan, quando a Seleção empatou com os espanhóis em 2 x 2 e terminou abatida nos pênaltis, por 4 x 3. Além de Falcão, apenas o goleiro Franklin e o fixo Schumacher disputaram os dois últimos mundiais. Por tudo isso, triunfar na Copa do Mundo do Brasil (que será disputada em Brasília e no Rio de Janeiro, onde acontecem as semifinais e a final, em 19 de outubro) é uma questão de honra. ;Para mim seria muito frustrante não vencer;, confessou Falcão. ;Estou apostando tudo neste campeonato;, garantiu. Mistério PC de Oliveira não fala com a imprensa desde sexta-feira, quando concedeu as últimas entrevistas. E o time titular para a estréia permanece um mistério. Mas os jogadores já têm noção do que precisarão fazer para não ter nenhuma surpresa diante dos japoneses ou de qualquer outro adversário. Para o goleiro Franklin, as lições das últimas duas Copas do Mundo foram mais do que assimiladas. ;No primeiro Mundial eu acho que a gente menosprezou um pouco o adversário;, confessou o goleiro, referindo-se à derrota para os espanhóis na decisão. ;No segundo, foram detalhes mesmo. Empatamos e perdemos nos pênaltis. Mas hoje as coisas estão bem diferentes. Nas outras seleções nós tínhamos muito o lado do individualismo. Agora o foco é a vitória;, explicou, deixando claro que, se for preciso escolher entre o show de bola e o resultado a equipe escolherá o segundo, sempre. ;O espetáculo não é mais importante do que o Mundial e a torcida tem de entender isso;, avisou. O capitão do Brasil, o ala Vinícius, afirma que o trabalho de preparação foi muito bem feito. ;Estamos prontos;, assegurou. Mas fez uma ressalva para a estréia. ;Talvez a parte tática seja um pouco diferente da parte psicológica. Isso vai pesar muito. Se entrarmos concentrados, sabendo que esse é apenas o primeiro jogo, isso já vai ajudar bastante;, explicou. ;Paciência será o principal no jogo. Teremos de saber o momento de atacar e não dar chances para eles atacarem.; A Copa do Mundo será disputada pela primeira vez com 20 seleções ; eram 16 nos últimos mundiais. Metade das equipes jogará a primeira fase em Brasília, enquanto as outras 10 (incluindo a bicampeã Espanha) se enfrentarão no Rio de Janeiro. O Brasil fará pelo menos quatro partidas na capital (Ilhas Salomão, Rússia e Cuba são os próximos adversários) e, se terminar em primeiro de seu grupo, embarca para a capital carioca. Caso fique em segundo, continuará na capital. Os ingressos As entradas podem ser adquiridos nas bilheterias do Nilson Nelson, das 8h às 16h, e no Maracanãzinho (Rio de Janeiro) 1ª FASE Categoria 1 (anel inferior) R$ 40 Categoria 2 (anel superior) R$ 20 2ª FASE Categoria 1 (anel inferior) R$ 50 Categoria 2 (anel superior) R$ 25 SEMIFINAIS (no Rio de Janeiro) Categoria 1 (anel inferior) R$ 60 Categoria 2 (anel superior) R$ 30 FINAL (no Rio de Janeiro) Categoria 1 (anel inferior) R$ 80 Categoria 2 (anel superior) R$ 40

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