Jornal Correio Braziliense

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Time japonês de futsal conta com reforço brasileiro no Mundial

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Eles vieram do outro lado do mundo com a missão (quase impossível) de tentar derrotar o Brasil, diante da torcida verde-amarela, na estréia da Copa do Mundo de Futsal da Federação Internacional de Futebol (Fifa). Mas se o intuito do Japão é calar a torcida brasileira, quando o Hino Nacional tocar pelo menos três pessoas na equipe rival irão se emocionar como a maioria dos presentes no Nilson Nelson. Afinal, o técnico do Japão, Sérgio Sapo, é brasileiro, assim como o ala Ricardo Higa e o preparador físico Marco Antônio Avellar.

;Cem certeza quando hino tocar eu vou me emocionar tanto quanto os jogadores da Seleção Brasileira. Mas depois que ele acabar eu sou Japão;, avisou Sapo, que vive no Oriente há oito anos e iniciou por lá um trabalho que deu tão certo que o Japão é hoje um dos cotados a avançar para a fase seguinte. ;No começo era muito complicado;, lembrou. ;Tivemos de começar do zero mesmo. A maioria dos jogadores migrou do futebol de campo para o futsal, mas, depois de algumas dificuldades, conseguimos fazer um bom trabalho;, garantiu.

Para Falcão, apesar de os japoneses nunca terem ganhado do Brasil nos oito amistosos realizados até aqui, as coisas deixaram de ser fáceis para a Seleção. ;O Japão é um time que a gente conhece bem e foi a equipe que mais evoluiu. Há seis ou sete anos nós vencíamos fácil, com mais de 20 gols. E há dois anos nós ganhamos deles por 2 x 1;, explicou o craque brasileiro. ;Quem acha que vai ser fácil está enganado;, prosseguiu. Mesmo assim, o ala acredita que a vitória deverá ser mesmo brasileira. ;Eles nunca nos venceram e não é possível que aconteça justo agora;, ressaltou.

;A Seleção Brasileira é sempre a favorita em qualquer torneio que jogue;, concordou Sérgio Sapo. ;Mas nós vamos para o jogo e que vença aquele que tiver mais ligado. Não podemos nos desligar em nenhum momento e não podemos errar passes, principalmente na defesa. Vamos jogar com concentração;, avisou o técnico japonês.

Vivendo há 12 anos no Japão, Ricardo Higa, nascido em São Paulo, começou no futebol de campo e há três anos migrou para o futsal, onde defende o Kobe Deuçaõ, em Tóquio. Para ele, enfrentar o Brasil logo de cara é complicado. ;É uma situação difícil. Mas já que a existe a possibilidade de jogar, existe a possibilidade de ganhar, ainda que ela seja pequena.;