postado em 01/10/2008 10:29
Mais de seis anos depois de conquistarem a Copa do Mundo em 2002, Marcos, Roque Júnior e Denílson terão a primeira chance de atuar juntos no Palmeiras no time misto que enfrenta o Sport Áncash nesta quarta-feira (01/10). O trio, contudo, sabe que o peso de serem os únicos em campo a terem vencido um Mundial não diminuirá o ímpeto dos peruanos.
;Se fosse alguns anos atrás, eles teriam medo, porque há muito tempo se jogava com o nome. Mas hoje em dia se eu, o Roque e o Marcos não corrermos atrás, vão passar por cima;, previu Denílson, que sentiu o ;desprestígio; no 0 x 0 do jogo de ida, em Lima. ;Não respeitaram nada, chegaram junto. Recebemos muitas faltas, e não só eu. Eles não deixaram de chutar no gol porque era o Marcos e nem de fazer falta em mim;.
Estreante da noite, Roque Júnior concorda com o companheiro, mas acredita que o currículo pode fazer a diferença se houver disposição dos pentacampeões. ;Nós temos que correr. Colocar pressão e ir para cima deles em busca da vitória desde o primeiro minuto. Futebol é assim. Às vezes tem jogos que os adversários entram respeitando e você não impõe este respeito. Quando impõe, consegue vencer;, ensinou.
Além de fazer valer suas histórias no futebol dentro de campo, o elenco, recheado de atletas mais novos, também pode se aproveitar da experiência dos campeões mundiais. Depois de oito anos em clubes estrangeiros, Roque se surpreendeu ao ver o número de garotos no time principal. Mas promete repetir o que viveu em sua primeira passagem pelo Verdão.
;Hoje tem muito jogador novo no Brasil. Na minha época tinha mais experientes. Do time que joguei aqui, os mais novos eram eu, Rogério, Marcos e Alex. Os outros eram Zinho, Cléber, Júnior Baiano, Arce, Evair, Oséas, todos de 28 anos para cima que sempre nos ajudavam;, contou o zagueiro, vendo que Denílson, há mais tempo no clube, já banca o ;professor;.
;Dentro do vestiário tentamos passar tranqüilidades para os mais jovens. Eles sabem que é maravilhoso jogar futebol e é bom estar com jogadores como eu, o Marcos e o Roque. Nós passamos pela seleção e eles podem nos olhar como espelho, é mais uma motivação;, apontou o meia-atacante, de olho em mais títulos na carreira.
;Só quem foi sabe como é maravilhoso ser campeão, tentamos passar isso para quem chegou depois do Paulista. Faltam dois meses para terminar o Brasileiro e eu mesmo estou ansioso porque é um título que não tenho ainda. E uma conquista desta deixa todos mais valorizados, tanto os experientes como os mais jovens;, finalizou.