postado em 03/10/2008 15:58
Lausanne (Suíça) - Campeão olímpico em Atenas-2004, o cavaleiro brasileiro Rodrigo Pessoa foi suspenso por quatro meses e meio do esporte por conta do doping de seu cavalo, Rufus, durante os Jogos de Pequim 2008.
A pena de 135 dias começou a valer desde o momento em que foi anunciada a suspensão provisória, 29 de agosto. Com isso, ele terá que ficar afastado das competições até o dia 10 de janeiro de 2009. De quebra, o conjunto perdeu a quinta colocação obtida na disputa chinesa.
Rodrigo tem 30 dias para apelar da decisão no Tribunal Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça. Contatado pela Gazeta Esportiva.Net, o empresário do atleta, André Beck, disse que ele irá entrar com o pedido na próxima segunda-feira.
'É responsabilidade do cavaleiro assegurar que nenhuma substância proibida estará presente no corpo de seu cavalo ou égua durante um evento', jutifica a Federação Equestre Internacional (FEI).
No dia 23 de agosto, Rufus testou positivo para a substância nonivamida,parte da família dos capsaicinóides e é um dos medicamentos de maior grau de proibição da FEI. A substância possui características hipersensibilizantes para aliviar dores.
De acordo com a entidade, a reputação impecável de Rodrigo e o fato de a substância realmente ser utilizada com finalidades terapêuticas em cavalos, ajudou o brasileiro a pegar uma punição menor. De qualquer forma, ele não poderá participar do concurso Athina Onassis International Horse Show, etapa brasileira do Circuito Mundial de Saltos, prevista para este mês em São Paulo.
O caso de Pessoa não é o primeiro de cavalos dopados na final da prova de saltos das Olimpíadas da China. O Brasil já havia perdido inclusive um cavaleiro: Bernardo Alves, eliminado após a última eliminatória da disputa por causa do teste positivo do cavalo Chupa Chup. O caso dele continua indefinido, com o ginete suspenso provisoriamente.