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Ronaldo dispara contra preparação mal feita na Copa de 2006

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postado em 28/10/2008 09:29
Ronaldo fez parte do grupo que frustrou o Brasil com os fracos desempenhos e as enormes polêmicas que culminaram com a eliminação nas quartas-de-final da Copa de 2006, com derrota por 1 a 0 para a França. Sem clube e longe da seleção brasileira, o jogador reconheceu sua parcela de culpa, mas disparou contra a preparação como um dos aspectos responsáveis pelo vexame. ;Eu assumo a minha responsabilidade, que foi me apresentar fora de forma, mas eu estava vindo de uma lesão grave, um estiramento na coxa e estava me recuperando;, explicou o jogador, que em nenhum momento revelou quanto estava pesando no período da competição. Mas isso não foi o pior, segundo ele próprio contou, em entrevista ao Sportv. ;Chegou a Copa e tivemos 20 dias para treinar, o que é um bom tempo para você se preparar de forma razoável, mas foi tudo aquele circo que foi. Porque aconteceu isso eu também não sei, e isso não foi responsabilidade minha. Tinha treino todo dia de manhã e de tarde com 15 mil pessoas gritando no nosso ouvido;, relembrou o Fenômeno. ;Depois, acredito que é outra coisa dentro de campo, mas com uma estrutura por trás que te proteja, você fica mais tranquilo na hora do jogo e isso acaba somando, mas não tivemos isso. Nós também não jogamos grandes coisas, então nós, jogadores, assumimos a culpa, mas não vi ninguém falar que a preparação foi uma droga;, reclamou. Em um dos diversos treinamentos comandados por Carlos Alberto Parreira no período anterior à competição, algumas fãs chegaram a invadir o gramado para abraçar Ronaldinho Gaúcho, o que acabou paralisando os trabalhos. Outro aspecto criticado por Ronaldo foi a distância que o time tinha que percorrer em território alemão. ;Lembro que íamos para qualquer cidade tinha que descer do aeroporto, aí passava pelo estádio, ia pro hotel, depois para o aeroporto. E cada deslocamento lá demorava uma hora e meia de ônibus e isso acaba atrapalhando. Mesmo no Hotel, lembro que o Américo Faria (chefe de delegação em 2006) estava desesperado tentando afastar os torcedores que estava no nosso andar;, criticou o jogador. ;Faltou organização;, resumiu Ronaldo que, se não conseguiu levar a equipe a mais uma decisão de Copa do Mundo, atingiu seu objetivo pessoal: seus gols durante a pífia campanha brasileira o colocaram como o maior artilheiro da história das Copas do Mundo, com 15 gols em quatro edições (1994, 1998, 2002 e 2006).

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