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Colegas do tetra repetem desculpas e aprovam Dunga

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postado em 28/10/2008 11:49
Se vê a rejeição popular ao seu comando na seleção brasileira aumentar a cada tropeço nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010, Dunga conta com o apoio de velhos amigos em seu trabalho à frente do time nacional. Companheiros da equipe que conquistou o Mundial em 1994 são solidários ao ex-capitão. Procurando passar tranqüilidade ao ex-volante, os responsáveis pelo triunfo no Estados Unidos lembram que a seleção também passou por problemas antes de levantar a taça há 14 anos, como a derrota para a Bolívia em La Paz nas Eliminatórias para aquela Copa do Mundo ; a primeira da história do time na competição. Diante da recordação, o discurso de força a Dunga é o mesmo que o comandante adota após os resultados ruins: a falta de tempo para treinar e o frustrante desempenho dos craques. "O problema é que a seleção não tem seqüência. Você vê os jogadores bem nos clubes, mas a seleção só se reúne para jogar e eles não conseguem ir bem. Neste último jogo (0 a 0 com a Colômbia no Maracanã), individualmente e coletivamente o time não foi bem. O Robinho jogou mal, o Kaká foi mais ou menos...", explica Taffarel, um dos que mais tentam apaziguar a vida do colega. "Tudo na seleção tem uma repercussão muito grande. Nunca você é unanimidade. É preciso equilíbrio, porque este time tem potencial. É preciso ver a seleção não como um compromisso, não adianta só ficar em contente em estar lá. Tem que se doar mais, trabalhar, e acho que esta seleção está unida neste sentido. Como jogador, enfrentei jogos nas Eliminatórias em que fomos muito vaiados mesmo e essa é uma pressão que o jogador da seleção sabe que vai acontecer", aposta o ex-goleiro. Apesar da turbulência atual, é consenso entre ex-companheiros do volante que o seu trabalho com Jorginho no time da CBF é satisfatórios. "O Dunga defendeu grandes clubes como jogador e dá à seleção brasileira as melhores condições dentro de campo. É difícil ser técnico da seleção, mas ele tem feito um bom trabalho", avalia Zetti, hoje técnico. "Como jogador, o Dunga já se mostrava um grande profissional e tem provado isso como técnico na seleção brasileira", completa Careca, que não levantou o tetra, mas participou das Eliminatórias. Um dos mais criticados após os 2 a 0 aplicados pela Bolívia na altitude de La Paz em 1993, Taffarel apela até para uma rivalidade local para elogiar Dunga. "O Brasil é o segundo colocado e está na frente da Argentina, o que é sempre muito importante. Não é uma situação de tanto alarme. Ruim seria se estivesse fora da zona de classificação", aponta o ex-camisa 1.

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