postado em 01/11/2008 09:18
O Cresspom, representante de Brasília na 2ª Copa do Brasil de futebol feminino, estréia hoje na competição diante do Aliança, de Goiânia, às 10h, no Mané Garrincha. A expectativa do técnico candango, Dilmar Gonçalves de Oliveira, é a de um bom jogo do time da cidade, apesar de não conhecer o adversário. Para ele, aliás, esse pode ser um fator positivo. ;Às vezes, é melhor não conhecer. Elas entram com mais garra e determinação;, disse.
A garra é a principal arma das duas equipes. Como a Copa do Brasil foi anunciada em 13 de outubro, ninguém teve tempo para se preparar adequadamente. O Cresspom só conseguiu reunir toda a equipe na última semana. Foram apenas três treinamentos. No último, na quinta-feira, Dilmar tinha duas dúvidas para tirar. Como a procura foi grande por parta das meninas para ter uma oportunidade na equipe ; eram 30 candidatas na quinta-feira ;, ele fez inúmeros testes de formação. Sua missão foi selecionar as 25 que seriam inscritas na competição nacional e as 18 para o jogo de hoje. ;Deu para fazer uma avaliação, para testar;, garantiu.
Segundo o técnico candango, a equipe que entrará em campo terá como base a que foi campeã brasiliense. Mas Dilmar contará com alguns reforços. Um deles é Dani Helena, jogadora da Ascoop. A volante estava cotada, até a semana passada, para disputar a competição nacional pelo Aliança. ;Ela quer é jogar na Copa do Brasil. Se for por um time daqui, melhor;, explicou a mãe da atleta, Márcia Helena.
Espiã
Dani é o trunfo de Dilmar para obter informações sobre o Aliança. Ela disputou partida amistosa contra o adversário de hoje, em Goiânia, no domingo passado, pela Ascoop. ;Eles têm uma equipe bem preparada fisicamente, rápida e bem entrosada, com muitas jogadas ensaiadas;, revelou a atleta.
Se Dilmar aposta nas informações passadas por Dani Helena, o técnico e presidente do Aliança, Luiz César, conta com a ajuda do presidente da Ascoop, Arnaldo Freire. Ele recebeu a equipe goiana ontem, na escolinha do Vasco da Gama, onde dá aulas. O Aliança, que esteve perto de uma fusão com a Ascoop para a competição nacional, não contará com nenhuma jogadora brasiliense.
O time goiano demonstra estar tranqüilo em relação à partida de estréia, mesmo como visitante. ;Viemos aqui para tirar alguma vantagem. Se perdermos, podemos recuperar o prejuízo em casa;, explicou a zagueira Raniela. Segundo ela, o objetivo é ficar entre os três primeiros colocados para ter direito à Bolsa-Atleta do governo Federal. ;Poder receber para jogar, fazer o que a gente gosta, é um sonho.;
A entrada para a partida custará R$ 2. ;É o mínimo que a CBF permite no regulamento;, explicou o vice-presidente da Federação Brasiliense de Futebol, Paulo Araújo.