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Repórter do Correio esteve a bordo de um Stock Car; veja relato e vídeo

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postado em 08/11/2008 21:14
Tudo a 175 km/h Por Fernando Braga Poucas coisas podem dar mais prazer a um fã de automobilismo do que escutar o ronco alto do motor de um carro da Stock Car ao cruzar pela reta de um circuito. Estar dentro do cockpit de um carro da categoria e ver tudo passar a 175km/h é uma sensação no mínimo, excitante. A convite da equipe Eurofarma RC, o Correio deu uma volta rápida no circuito Nelson Piquet, ao lado do piloto Jorge Neto, vice-campeão 2006. A gaiola de proteção (cubículo onde fica o piloto) é toda reforçada por tubos de ferro, o que aumenta as chances de um piloto sair ileso após uma forte batida e que torna o ambiente extremamente apertado. A temperatura dentro da cabine supera facilmente os 45ºC . Bastou percorrer os primeiros metros do circuito para eu ter a certeza que os 2.919 metros do circuito seriam longos. O tremendo solavanco que sofremos na largada nos gruda no banco. Num esforço jornalístico de filmar todo o percurso, segurei a câmera com um mão e com a outra agarrava com todas minhas forças numa barra de segurança integrada à porta. Na primeira curva pude comprovar a importância de se ter um confiável jogo de pneu que garanta a máxima aderência. Depois de ver o velocímetro disparar na reta dos boxes, o pensamento é que o carro não vai conseguir frear o suficiente para fazer a curva. Mero engano. Com força, somos jogados para o lado e vemos o carro grudar no asfalto e comer a zebra. Duas, três, quatro curvas depois a sensação de andar ao limite faz a adrenalina subir junto com a rotação do motor. Pé embaixo e batimento acelerado. O calor é sufocante e cada passeio além da zebra traz o pensamento de que não vamos conseguir voltar para a pista. Na confusão das idéias que embaralharam o meu pensamento depois que deixei o cockpit, uma das poucas coisas que me lembro de ter pensado foi na injustiça que cometi por chamar alguns pilotos de Fórmula 1 de roda-presa. Isso não é para qualquer um. Dessa experiência levo para casa o vídeo que gravei a bordo do carro e a estranha sensação de ter que segurar o coração na boca a todo custo por pouco mais de um minuto.

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