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Copa do Mundo de 2014: Um ano já se passou. E o que foi feito?

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postado em 28/11/2008 10:44
Acostumado às glórias dos gramados, o futebol brasileiro ainda comemora uma grande vitória fora das quatro linhas. Há pouco mais de um ano, mais exatamente no dia 30 de outubro de 2007, a Fifa anunciou a vitória da candidatura do país a sede da Copa do Mundo de 2014. Era a chance que o Brasil esperava para mostrar que, como anfitrião de um Mundial, pode ter o mesmo sucesso alcançado como participante.

O objetivo é claro: conquistar mais um título, o primeiro em casa, esquecendo a traumática derrota sofrida para o Uruguai na Copa de 1950. No entanto, o aval dado por Joseph Blatter em Zurique foi apenas o sinal verde para uma corrida que ainda está no começo. No primeiro dos pouco menos de sete anos que separam o anúncio do pontapé inicial da Copa de 2014, o Brasil pouco viu de tudo que foi prometido para o torneio.

A infra-estrutura e a logística que as prováveis 32 seleções participantes irão encontrar em solo brasileiro até agora é uma incógnita. Além de estádios confortáveis para jogadores, torcedores e jornalistas, o Brasil precisa oferecer ainda meios de transporte que funcionem, hospitais modernos, lojas, restaurantes e tudo para tornar a passagem dos turistas ; nacionais ou estrangeiros ; a mais confortável possível por aqui. Afinal, mais do que seu futebol, o Brasil estará apresentando um cartão de visitas para os investimentos internacionais.

;O Brasil está crescendo, e precisa mostrar isso. Como? Com uma Copa do Mundo;, afirmou Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo, em evento na capital paulista no início de outubro. De fato, o crescimento econômico brasileiro é uma das bases na qual se sustenta a campanha brasileira, que promete utilizar apenas investimentos privados para a reforma dos estádios, reservando o dinheiro público para os acertos em transportes e hospitais. ;O sistema financeiro do Brasil está sólido, diferente de outros países;, argumentou o empresário Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

O ponto mais visível deste investimento, porém, ficará por conta dos estádios do Brasil. Ao todo, 18 cidades se ofereceram como sedes da Copa de 2014 ; todas elas prometendo uma profunda reforma urbana e a disponibilidade de modernas arenas. No entanto, passado o primeiro dos quase sete anos de prazo que o Brasil tem para arrumar a casa, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Florianópolis, Curitiba, Porto Alegre, Cuiabá, Brasília, Goiânia, Campo Grande, Recife, Maceió, Fortaleza, Natal, Salvador, Rio Branco, Belém e Manaus parecem não terem superado a comemoração pelo sim da Fifa para a Copa brasileira.

Ainda não há um acordo a respeito do número de cidades-sede para a competição ; o comitê organizador quer 12, enquanto a Fifa pede apenas 10. O anúncio deve ser feito somente entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009. No entanto, pouco do que se espera de um anfitrião de Mundial é visto até aqui ; o que não preocupa Ricardo Teixeira, presidente da CBF. ;Neste tempo, as cidades terão que ter os estádios. Isso não nos surpreende. Nenhum país tinha os estádios prontos a sete anos da Copa ; nem mesmo a Alemanha;, assegura o dirigente, que quer tudo pronto já para 2013, quando o Brasil sedia a Copa das Confederações. É esperar para ver.

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