postado em 11/12/2008 20:44
Quando se compara o Cruzeiro de 2007 ao de 2008, a grande diferença que se percebe logo de cara é a evolução do setor defensivo. No Brasileirão do ano passado, o time de Dorival Júnior sofreu 58 gols. No deste ano, os comandados de Adilson Batista melhoraram a marca: Fábio, que atuou nas 38 partidas, foi vazado 44 vezes.
Por um lado, pode-se creditar a mudança a uma nova filosofia de jogo. Com a entrada de Fabrício no lugar de Leandro Domingues, o meio-campo ganhou em pegada e perdeu em criatividade, tanto que o desempenho ofensivo caiu na mesma medida: de 73 para 59. Mas é fato que a maior segurança na defesa contribuiu para uma melhor campanha. O time passou de quinto a terceiro, fazendo 67 pontos contra 60 da temporada anterior.
Contudo, é inegável que houve, também, um crescimento particular dos zagueiros do Cruzeiro. No elenco, a única mudança significativa foi a chegada de Espinoza para o lugar de Emerson. No entanto, a evolução de Thiago Heleno e Léo Fortunato foi tamanha que os dois terminaram o ano como titulares, deixando o equatoriano no banco de reservas.
;A evolução todos viram. A equipe, com estes jogadores revezando em vários jogos, teve um bom aproveitamento. É lógico que, em alguns jogos, a equipe não mostra o mesmo desempenho, isto prejudica um pouco;, avaliou o goleiro Fábio, lembrando que, se não fosse pelas goleadas contra Náutico e Palmeiras (ambas por 5 a 2), os números poderiam ser ainda melhores.
Espinoza ainda não acertou sua permanência no time para a próxima temporada. De toda forma, é reconhecido como referência para quem fica. ;Vocês estão acompanhando diariamente o Espinoza jogando e treinando. É um jogador experiente, duas Copas do Mundo, jogador de seleção do Equador. Acho que o importante foi a convivência, o que o Espinoza está passando para eles até o momento;, prosseguiu Fábio.
Adilson Batista, que além de técnico foi bom zagueiro, também considera a participação do equatoriano como essencial no processo. ;O Espinoza contribuiu para os dois, tanto para o Léo Fortunato quanto para o Thiago Heleno, adiantando, marcando, chegando junto, empurrando a marcação. Eu acho que eles têm um futuro muito bonito. Precisam se concentrar, continuar com a mesma seriedade no treinamento, que vão amadurecer;, avaliou o comandante.