postado em 26/12/2008 10:50
As reclamações que tomaram conta dos jogadores espanhóis após a derrota para os Estados Unidos na final do torneio de basquete em Pequim-2008 ganharam força nesta sexta-feira. Pouco mais de quatro meses após os norte-americanos terem retomado o domínio das Olimpíadas, a francesa Chantal Julien, uma das árbitras que estiveram na competição, chamou de "vergonhosa" a atuação dos juízes, que para ela prejudicaram o time europeu.
Na melhor partida de todo o evento de basquete chinês, os Estados Unidos precisaram suar para voltar a triunfar neste nível após 12 anos. No sufoco, acabaram vencendo a Espanha por 118 a 107 e causaram irritação em alguns atletas dos atuais campeões do mundo, que não se conformaram com as decisões da arbitragem.
Quatro meses depois da final olímpica em Pequim, o assunto voltou à tona em função de Chantal Julien, juíza que, por exemplo, esteve presente na vitória dos EUA sobre a Alemanha na competição e não se conformou com a tolerância dos árbitros para com as infrações que eram cometidas por Kobe Bryant e cia.
"Na final, a Espanha foi prejudicada com as 'andadas' dos Estados Unidos. Não as apitavam e os espanhóis ainda receberam duas faltas técnicas. Foi vergonhoso", disparou a francesa em entrevista à publicação de seu país Basketnews. Desse modo, ela confirmou o que já havia sido anunciado durante a competição: havia uma predisposição para não marcar muitas faltas na China, o que fizeram as regras ficarem mais próximas das da NBA.
"Só deveria apitar o que era o mais evidente entre o evidente. Você não apitava o mesmo para os EUA e para o resto das equipes. Não se podia marcar as 'andadas' de Kobe a cada vez que ele fazia um drible", concluiu Julien, que assistiu de fora ao trio arbitragem que atuou naquela decisão, formado pelo argentino Pablo Estévez, o lituano Romualdas Brazauskas e o finlandês Carl Jungebrand.