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Tite supera ameaças e se firma no Internacional

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postado em 28/12/2008 11:50
A rivalidade que envolve Grêmio e Internacional no Sul do país muitas vezes extrapola os limites do bom senso. Fanáticos por seus clubes, os torcedores são capazes de atitudes reprováveis, como fazer um jogador vender seu carro por lembrar as cores do adversário (Marinho chegou ao Grêmio com um carro vermelho) e até ameaçar de morte os familiares do profissional que 'ousar' trabalhar no rival após ter defendido as cores de seu clube de coração. Esse é o caso do técnico Tite. Campeão da Copa do Brasil de 2001 no comando do Grêmio, time que dirigiu em quase 200 partidas, o treinador foi convidado pelos dirigentes do Internacional para assumir o lugar de Abel Braga durante o Campeonato Brasileiro de 2008. Aceitou o desafio e fechou a temporada com o título de campeão da Copa Sul-americana, até então inédita para clubes do Brasil. "O resultado final, a conquista, carimba um trabalho que já vinha sendo bem feito. Vencemos três dos últimos cinco jogos fora de casa diante de adversários fortes, como o Chivas e o Boca (Juniors) e isso dá ao título uma importância muito grande", celebrou. Antes da consagração na decisão diante do Estudiantes, da Argentina, no entanto, Tite passou por maus bocados. O gaúcho revelou a tensão que antecedeu o acerto com o Colorado, inclusive com ameaças de morte a seus familiares. "Eu estava disposto a não aceitar o convite, mas minha esposa (Rose) e meu filho (Matheus) me deram o suporte que eu precisava. Me disseram que eu não era gremista ou colorado, e sim profissional. Quando senti que tinha a força da família ao meu lado, resolvi encarar", lembrou. Tite revelou ainda o que fez para que o argentino D'Alessandro, que saiu em baixa do Zaragoza, voltasse a jogar um bom futebol, falou de sua saída traumática do Palmeiras e admitiu: sabe que ainda não conquistou definitivamente o coração de todos os colorados.

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