postado em 06/01/2009 13:50
A história de Wanderley Luxemburgo no Palmeiras é marcada pela estreita linha entre amor e ódio. O técnico já conquistou uma série de títulos, mas também acumula constantes rusgas com facções organizadas. Para 2009, o treinador acredita que pode reconquistar os exigentes torcedores.
Na reapresentação do elenco nesta segunda-feira, um grupo formado por cerca de 200 palmeirenses protestou na porta da Academia. Um dos alvos, Luxemburgo preferiu reduzir o efeito do ato.
;Desde que não tenha nenhum tipo de violência, o manifesto não me incomoda;, explica o treinador, que, porém, discorda da atitude dos torcedores. ;Foi inadequado, inoportuno, mas os caras que vieram aqui vão me aplaudir se ganhar um título mais para frente;, emendou o técnico, confiante em um futuro momento de trégua.
A manifestação fez Luxemburgo partir, porém, para o ataque contra a imprensa. Na visão do treinador, os meios de comunicação deram ênfase excessiva aos acontecimentos da reapresentação. ;Falaram mais disso do que sobre os reforços;, esbravejou.
Em contrapartida, Luxemburgo está acostumado com a forte pressão em clubes de tradição no país. Ele sabe que nem mesmo um profissional cheio de títulos escapa da ira dos torcedores quando os resultados são considerados insuficientes.
;Todo ano você tem que matar um leão e correr de dois. Não adianta ter 20 anos de carreira. O atual ano deve ser sempre o melhor. Se não ganhar nada agora, me chamam de fracassado. Precisa manter a motivação. Se ficar um ano sem ganhar, já falam que é um ex-técnico;, disse.
No ano passado, o problema com torcedores no Aeroporto fez Luxemburgo ventilar a saída do Palmeiras. Para 2009, o treinador avisa que está com energia total para seguir com o projeto no Parque Antártica. ;O dia que não tiver mais motivação para sair de casa, acabou mesmo;, alertou.