postado em 06/01/2009 18:35
A privatização do estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, começa a ser definida ainda este mês, mas não vai provocar aumento no preço dos ingressos para os jogos de futebol.
A garantia foi dada nesta terça-feira pela secretária estadual de Esportes, Márcia Lins. Segundo ela, o edital que entrega o estádio para a iniciativa privada estará pronto ainda em janeiro e passará para a empresa vencedora todo o complexo esportivo, que também inclui o ginásio Maracanazinho, o Estádio de Atletismo Célio de Barros e o Estádio Aquático Júlio Delamare.
O objetivo de privatizar o Maracanã, segundo a secretária, é preparar a estrutura para receber a Copa do Mundo de 2014. Para isso, serão necessários investimentos de R$ 200 milhões em melhorias que vão desde assentos marcados até novas saídas que possibilitem o esvaziamento do estádio em 8 minutos.
Outros R$ 200 milhões serão aplicados em uma nova cobertura, acoplada à atual, possibilitando que todos fiquem protegidos da chuva. "Tem que ser feita uma série de intervenções de preparação para a Copa pela iniciativa privada, que também fará a gestão do estádio", disse.
Em 2007, o complexo do Maracanã recebeu investimentos federais de R$ 130 milhões, para possibilitar a realização dos Jogos Pan-Americanos. O Maracanazinho ganhou ar-condicionado central e um moderno placar eletrônico, e o Maracanã teve seu gramado totalmente reformado e rebaixado, além da instalação de cadeiras em todos os lugares.
Mas, segundo Márcia Lins, ainda assim é preciso adaptar o estádio para as exigências da Federação Internacional de Futebol (Fifa). "Ele passou por reformas de adaptação para o Pan, mas para a Copa de 2014 vão ser necessárias diversas intervenções importantes, na questão de qualidade e conforto."
Atualmente, são gastos R$ 10 milhões por ano só com a manutenção do estádio, mas a secretária garante que ele é superavitário. Segundo ela, como a receita maior vem de eventos e não das partidas de futebol, a privatização não afetaria o preço dos ingressos cobrados dos torcedores.
"Isso não tem nada a ver com a privatização. É decidido pelos clubes. A receita do Maracanã não vem dos ingressos. Com certeza, não tem qualquer ligação a privatização com o preço do ingresso, que continua sendo uma gestão dos clubes", afirmou.
As reformas do Maracanã devem estar concluídas até 2012, por exigência da Fifa, permitindo que em 2013 seja realizada a Copa das Confederações nos estádios que sediarão os jogos da Copa de 2014.