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Corinthians espera jogar na Fazendinha em seis meses

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postado em 08/01/2009 15:53
O estádio Alfredo Schürig, a Fazendinha, deixará de ser apenas o local de treinamentos do Corinthians. Atualmente com estacionamento para não mais do que cem automóveis, praça de alimentação para atender associados, arquibancadas e gramado deteriorados, o Parque São Jorge deverá receber até 15.000 pessoas em partidas oficiais em, no máximo, seis meses ; além de shows e eventos. Foi a promessa que o diretor de marketing Luis Paulo Rosenberg fez nesta quinta-feira, enquanto a equipe de Mano Menezes treinava em Itu (SP). Às 11h14, Rosenberg entrou na sala de imprensa do Parque São Jorge sem trazer consigo nenhuma maquete. Estava acompanhado pelo presidente Andrés Sanchez e por Marco Herling, executivo da multinacional portuguesa Luso Arenas, parceira do Corinthians no projeto de modernização da Fazendinha. Dos três, o diretor de marketing foi o que mais falou, porém evitou fazer previsões sobre como ficará o ;novo; estádio do clube. Sequer o valor total da reforma ele soube estipular: entre R$ 5 milhões e R$ 13 milhões. O máximo que a diretoria do Corinthians se permitia era distribuir uma fotomontagem do Parque São Jorge remodelado em ilustração de release. "Hoje é um dia muito importante para a história do clube", anunciou Sanchez. Já Rosenberg vislumbrou em seguida: "Uma das promessas da nossa gestão era de que teríamos uma casa para o Corinthians. Agora, o Parque São Jorge será recuperado. Como pode um patrimônio desse tamanho estar ocioso? A modernização faz parte do nosso orgulho próprio. A Fazendinha terá um apelo muito grande para os torcedores. Criaremos o hábito europeu de a torcida vir mais cedo ao estádio, consumindo nossos produtos. Ganharemos com lojas, restaurantes, estacionamento". A intenção do Corinthians é utilizar o Parque São Jorge em partidas para públicos pequenos. Enquanto não viabiliza a concessão onerosa do Pacaembu em negociação com a Prefeitura de São Paulo, o clube manterá a postura de pagar aluguel ao São Paulo para jogar no Morumbi. "Quando a gente aluga o Morumbi, o bar, os camarotes e tudo mais são do São Paulo. O sacrifício de receita por não jogar em nosso estádio é muito alto", lamentou Rosenberg. Na Fazendinha e possivelmente no Pacaembu, os serviços mencionados pelo dirigente serão terceirizados. "Não faz parte do negócio do Corinthians decorar um camarote ou saber se lá vão servir coxinhas de galinha ou de pato. O que nós aceitamos é pegar uma empresa de renome internacional, como a LusoArenas, e trabalhar em conjunto. Mas perguntem ao Marco se eles vão receber por camarotes ou botar um nome no Parque São Jorge", orientou o diretor de marketing. Marco Herling confirmou que o lucro da LusoArenas se resumirá ao valor acordado em contrato com o Corinthians em troca da gestão do projeto. O executivo ainda defendeu a reputação da multinacional portuguesa, que também firmou acordos com Bahia e Vitória para modernização da Fonte Nova e do Barradão. Os dois projetos estão estagnados. "Na Bahia, há o problema de negociação com os governos. Isso não acontece com a Fazendinha", defendeu. A ressalva fica para a pressa do Corinthians em jogar na Fazendinha. "Temos certa urgência nesse projeto. Queremos que tudo esteja pronto em seis meses, ou até menos", cobrou Rosenberg, e o presidente Andrés Sanchez assentiu com a cabeça. Marco Herling, portanto, terá pouco tempo para fazer um estádio que continue atual por até 30 anos, como pretende. "Prefiro que o meu parceiro não tenha uma falsa expectativa. Queremos fôlego para fazer projetos de longo prazo", afirmou o empresário. Na segunda-feira, Andrés Sanchez, Luis Paulo Rosenberg e Marco Herling voltarão a se encontrar. Desta vez, para finalmente definir a ;maquete; da nova Fazendinha, que entrará em obras logo depois. Desalojado de seu local de treinamentos, o time do Corinthians passará a utilizar o CT de Itaquera (atualmente destinado às categorias de base) para se preparar para a temporada.

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