postado em 10/01/2009 16:40
O técnico Muricy Ramalho retoma os trabalhos nesta segunda-feira e, logo de cara, terá de resolver o primeiro problema: o elenco do São Paulo vive uma escassez de zagueiros neste começo de temporada. Por enquanto são apenas quatro à disposição: André Dias, Miranda, o recém-chegado Renato Silva e o garoto Aislan.
A crise defensiva foi agravada pela indefinição da permanência de Rodrigo e pelo pedido de liberação de Anderson. Para piorar, o São Paulo revolveu negociar Juninho com o Botafogo e emprestar Alex Bruno para a Portuguesa. Ou seja, de um dia para o outro, Muricy, que teria oito opções, ficou apenas com quatro.
A situação preocupa tanto o treinador que, em conversa com membros da comissão técnica, antes mesmo do retorno das férias, ele admitiu até modificar o esquema tático. O 3-5-2, base da equipe nos últimos três anos, daria lugar ao 4-4-2. Muricy ouviu, porém, que, em caso de urgência, poderia usar o volante Zé Luis na defesa. Com o aumento da concorrência no meio-campo - foram contratados Eduardo Costa e Arouca -, ele poderia atuar como zagueiro. Afinal, no ano passado, jogou muitas vezes assim.
A preocupação do treinador, no entanto, acaba na diretoria. O diretor de futebol, João Paulo de Jesus Lopes, se diz tranquilo com o setor defensivo. "Nós temos nos caracterizado nos últimos anos por uma defesa forte e entendemos que continua forte", afirmou. Para o dirigente, mesmo se o clube não conseguir segurar Rodrigo e Anderson, estará coberto. "Há o risco de ficarmos sem os dois, mas, na eventualidade já temos o Renato Silva."
NEGOCIAÇÕES - Apesar do desejo de sair, manifestado aos dirigentes e também publicamente, Anderson ainda é jogador do São Paulo. Pelo menos é o diz Jesus Lopes. "Ele não nos procurou com proposta de nenhum clube e nós também não recebemos nada de clube algum", afirmou, confirmando que ele é esperado na segunda-feira, na reapresentação do elenco. Ele tem os direitos vinculados ao Lyon e está emprestado até junho.
Em relação a Rodrigo, o São Paulo espera uma resposta do empresário do zagueiro, Giuseppe Dioguardi, que viajou à Ucrânia para tentar convencer o Dínamo de Kiev a emprestá-lo novamente ao clube, pelo menos por mais seis meses, até o fim da Libertadores.