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Gama vence Brazlândia por 1 a 0 com casa lotada neste domingo

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postado em 18/01/2009 21:33
A fanática torcida do Gama deu prova de amor ao clube na volta oficial ao reformado Bezerrão depois de três anos de exílio forçado no Mané Garrincha. Na abertura do 50º campeonato candango, domingo à tarde, o tradicional alviverde bateu o azarão Brazlândia por apenas 1 x 0, mas contou com o melhor público das últimas cinco edições do torneio doméstico: 6.478 pagantes. Desde o primeiro título do Brasiliense, em 2004, com 13.607 pessoas no Serejão, na vitória sobre o Gama, um jogo local não era prestigiado por tanta gente. Mesmo longe de esgotar a carga de 12 mil ingressos, o público do Gama representou 66% do total de ontem, a rodada de estreia com melhor público desde 1999, quando o Correio passou a acompanhar a divulgação feita pela federação. Com 9.846 torcedores (2.462 de média), os quatro jogos de ontem deixaram bem para trás a marca anterior, de 2006, com 6.468 espectadores (1.617 de média). "Não teve decepção no público. Nós tivemos muita chuva", alegou o presidente do Gama, Paulo Goyaz, em relação ao mau tempo até os 17 minutos do primeiro tempo. A fila para compra de ingressos na Arquibancada Sul durou até o intervalo. "Houve venda antecipada desde ontem (sábado). Mas o torcedor do Gama tem o hábito de chegar ao estádio às 15h30", desculpou-se o cartola. Do público recorde, saíram frustrados os torcedores que esperavam uma goleada sobre o adversário mais cotado para ser rebaixado. O alviverde até deu a falsa impressão que chegaria fácil a um placar elástico. Logo a um minuto, em uma blitz, o atacante Juca se atrapalhou com a bola na grande área inimiga, mas não conseguiu chutar. O bate-rebate seguiu até o lateral-esquerdo Mendes ser travado. Aos 3 minutos, o atacante Luciano Dias bateu da entrada da área, mas o goleiro André espalmou. O gol foi mesmo questão de poucos minutos. Aos 5, em belo passe cruzado do meia Eduardo, o volante Ferrugem invadiu a área até ser derrubado por André. No pênalti, marcado pelo árbitro Rogério Bueno, Luciano Dias arriscou rasteiro no meio, aos 7, e comemorou o primeiro gol da competição graças à queda do goleiro para a esquerda. Vaias Curiosamente, o autor do solitário gol sofreu com o exigente público. Com gols perdidos e um contra-ataque desperdiçado quando tropeçou na bola, o centroavante grandalhão acabou reprovado pela torcida. No segundo tempo, aos 20 minutos, surgiram os gritos de "Keké", revelação do futebol amador da cidade, e substituto imediato da posição. Dois minutos depois, quando o camisa 9 ficou caído no gramado, a galera pediu: "Tira, tira" O técnico Giuliano Pariz só atendeu os apelos aos 34, quando Luciano Dias saiu debaixo de vaia e Keké entrou. "O cara não foi bem. A torcida tem todo o direito de reclamar. Mas se eu for tirar todo mundo porque não jogou bem um jogo aí vai ficar que nem o Gama no ano passado. Não fica ninguém", ressaltou o treinador, em referência ao rodízio de 54 jogadores no rebaixamento para a Série C do Brasileiro. "Faz parte. A minha atuação não foi boa. Estou com falta de ritmo. Vou trabalhar em cima disso para a torcida gostar de mim", endossou o próprio camisa 9. Na etapa inicial, o Gama ainda ameaçou aumentar. Aos 10, o atacante Juca perdeu em contragolpe rápido, e aos 14, Luciano Dias pegou um rebote de falta, mas André evitou os dois lances. Aos 28, o lateral-esquerdo Mendes cruzou na medida, mas o camisa 9 isolou com o pé. O Brazlândia só conseguiu chutar ao gol aos 35, com o meia Kikí, de fora da área, fraco e nas mãos do goleiro Róbson. Aos 38, os visitantes tiveram outra boa chance, mas o mesmo camisa 10 cobrou longe uma falta da meia-lua. Aos 46, o anfitrião ainda perdeu uma chance incrível, depois que o zagueiro Giló furou bisonhamente, mas Juca bateu em cima de André. Com a falta de poder dos visitantes, o goleiro se transformaria no melhor em campo no segundo tempo, com duas boas defesas à queima-roupa, aos 36, em cabeçada do atacante Maia, e aos 42, em desvio de Keké com o pé. "Nosso time sentiu um pouco a pressão do estádio", confessou o camisa 1, que passou seis meses pela categoria de base do Gama.

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