postado em 03/02/2009 12:30
Diretor de engenharia da Fiat Yamaha, Jerry Burgess pode não ter gostado da nova regra que fará todos os pilotos da MotoGP utilizarem pneus da Bridgestone, porém o chefe esportivo da equipe, Davide Brivio, mostrou-se favorável à regra implantada para a temporada 2009. Segundo o diretor italiano, a mudança, além de reduzir os custos da categoria, ainda servirá para equilibrar as ações.
Justamente para cortar gastos, o diretor da empresa que detém os direitos comerciais da MotoGP, Carmelo Ezpeleta, anunciou em setembro passado que a concorrência entre Michelin e Bridgestone acabaria para este ano.
"A regra do pneu único deu espaço a grandes discussões, mas veio no momento certo. Como consequência, reduziremos testes, e é exatamente disso que precisamos", apontou o italiano, avaliando que as equipes não precisarão mais experimentar tanto os compostos, já que todos são provenientes da mesma marca. "Acho que essa é uma feliz coincidência. Durante o inverno os testes já foram reduzidos e isso tende a continuar na temporada".
Para fechar sua argumentação discordante à do colega Burgess, Brivio argumentou ainda que a novidade também poderá aumentar a competitividade entre as motos na comparação com o ano passado, quando os compostos franceses renderam muito menos que os japoneses.
"Os pilotos de ponta serão os mesmos, mas pelo menos eles estarão em pé de igualdade, o que é bom para o esporte e os espectadores. Em 2008 alguns não podiam brigar pela vitória porque estavam com os pneus errados, e isso não acontecerá no ano que vem. Portanto, o campeonato será ainda mais acirrado", avaliou.
Diretor de competição da Yamaha, Lin Jarvis também apoiou a inovação no regulamento da MotoGP e ainda comentou sobre as declarações de Burgess, que havia se colocado contra a proposta "pois se trata de um campeonato de protótipos e são necessários o máximo de fatores nesse sentido para impulsionar a categoria".
"A Yamaha, como uma montadora, era oficialmente contrária ao pneu único, mas o time não. Nós sempre fomos favoráveis à regra, porque há diferentes assuntos em jogo", afirmou Jarvis. "Francamente, sempre gostei da medida, e acho que agora todos nós já estamos começando a ver os benefícios".