postado em 05/02/2009 00:03
O artilheiro da equipe de Mano Menezes colocou o Corinthians na liderança do Campeonato Paulista. Não se trata de Ronaldo, Souza, Jorge Henrique ou Otacílio Neto. Em partida com duas viradas e dois gols de bola parada do decisivo zagueiro Chicão, o Alvinegro derrotou o Paulista por 3 x 2 em Jundiaí, nesta quarta-feira, e chegou à ponta da tabela.O Corinthians totaliza 13 pontos contra 12 do Palmeiras, que jogou pela Copa Libertadores da América e não pelo Campeonato Paulista nesta semana. Na próxima rodada, sábado, o time do Parque São Jorge defenderá a primeira colocação diante da Portuguesa, no Pacaembu. Já o Paulista, que tem seis pontos, visitará o Bragantino no mesmo dia.
Para derrotar o time de Jundiaí, o Corinthians precisou superar uma queda de rendimento depois de Elias marcar o primeiro gol da partida. Felipe Azevedo e Zé Carlos empataram para o Paulista ainda na etapa inicial. No segundo tempo, com Eli Sabiá expulso, Chicão marcou de pênalti e em cobrança de falta. O zagueiro já tem cinco gols no Estadual.
O jogo
Torcedores de Corinthians e Paulista dividiam amigavelmente as cadeiras cobertas do estádio Jayme Cintra antes de a partida desta quarta-feira começar. Às 21h55, um intenso foguetório anunciou a saída das cheerleaders da equipe de Jundiaí de campo e a entrada das equipes. Durante os dez minutos seguintes, o clima amistoso perdurou.
O Corinthians começou melhor a partida. Com o meia Lulinha aparentemente inspirado (em rara ocasião, o nome do jogador foi gritado pela torcida no aquecimento do time), os comandados de Mano Menezes eram envolventes ofensivamente. Aos quatro minutos, André Santos passou a bola para a entrada da área, Lulinha deu um toque sutil e deixou Elias livre para abrir o placar: 1 x 0.
Os corintianos presentes no setor destinado à torcida do Paulista, então, entusiasmaram-se. Cantos e vaias misturavam-se nas cadeiras cobertas do estádio. Dentro de campo, a equipe de Jundiaí equilibrou também a partida. E empatou aos 12 minutos. Maizena enfiou a bola para Marcelo Toscano, que invadiu a área determinado. Na sobra, Felipe Azevedo conferiu.
Foi a vez de os tricolores gritarem mais alto. O time do Corinthians, ao contrário, não reagiu no gramado. Permitiu que o Paulista criasse novas oportunidades de gol, com boas intervenções de Felipe. Aos 30 minutos, no entanto, o goleiro escorregou e não evitou que um chute de longa distância de Zé Carlos entrasse no canto: 2 x 1. Precisou agüentar os berros: "Frangueiro, frangueiro, frangueiro".
O técnico Mano Menezes desceu para os vestiários do Jayme Cintra com a expressão fechada. Do outro lado, os jogadores do Paulista demonstravam-se surpresos. "Contra o Corinthians, a gente sempre espera um jogo mais difícil", comentou Marcelo Toscano. Mano concordou com um ironia ao retornar do intervalo: "O jogo começou fácil, mas não gostamos da facilidade".
Para voltar a dificultar o jogo ao Paulista no segundo tempo, o técnico do Corinthians apostou no meia Boquita, campeão da Copa São Paulo no mês passado, que substituiu Fabinho. O time da casa também fez uma alteração, mas aos 15 minutos e porque Zé Carlos se contundiu. Rodrigo Santos foi a campo.
Boquita provou que podia ser útil ao Corinthians em pouco tempo. Após isolar uma bola em chute de longa distância, aos 16 ele aproveitou uma cobrança de escanteio e cabeceou a bola na trave. O gol viria quase cinco minutos depois, em pênalti cometido sobre Souza. Desta vez, o zagueiro Chicão não deixou a bola para o centroavante cobrar. E chutou com categoria para empatar: 2 x 2.
Imediatamente, Mano Menezes trocou Lulinha por Diogo. Já o técnico Luiz Carlos Ferreira substituiu Rodrigo Sá por Alex Oliveira. Só não esperava perder Eli Sabiá, expulso por falta em Otacílio Neto aos 27 minutos. Aos 31, Chicão cobrou no canto e marcou o gol da vitória corintiana. Até torcedores vestidos com a camisa do Paulista nas cadeiras cobertas comemoram a nova virada da partida.