postado em 05/02/2009 15:50
A polêmica envolvendo o uso de maconha pelo nadador Michael Phelps ainda não possui data para terminar. Antes de ser flagrado fumando a erva, no último final de semana, o norte-americano havia afirmado que iria ser aposentar após as Olimpíadas de Londres-2012, mas, por causa do escândalo, ele não descarta encerrar a sua vitoriosa carreira ainda mais cedo.
"Essa é uma decisão minha e não vou tomá-la hoje ou amanhã. Falarei também com o meu técnico Bob Bowman e com a minha família, para decidir o que farei. Se eu decidir sair, isso vai partir de mim. Se será agora, ou se será em quatro anos, ninguém sabe. É algo que eu preciso pensar", afirmou ao jornal The Baltimore Sun. "Ainda há objetivos para serem alcançados, mas não deixarei nada me atrapalhar. Se eu decidir parar, será do meu jeito", reforçou.
O campeão olímpico também reclamou da perseguição dos paparazzis, após a divulgação da foto comprometedora, no tablóide inglês News of the World. "Havia um pessoal que gritava em megafones na minha janela, às 7 horas da manhã. Eu passei por tudo o que tinha que passar. Eu fui perseguido por paparazzis quando ia à casa de minha mãe. É uma loucura", reclamou.
Ainda na entrevista à publicação, Phelps atacou os falsos amigos, que aproveitaram de sua fama. "Há muitas pessoas em que você não pode confiar. Durante todo esse caso, eu pude ver quem são os meus verdadeiros amigos, as pessoas que me amam e me ajudam, que sempre ficaram ao meu lado. E aqueles que só se importam com você nos momentos bons? Essas são as falsas amizades", ponderou.
Ele também revelou que foi complicado conversar com a sua mãe sobre o caso, ainda mais depois de ter sido preso em 2004, por dirigir embriagado. "Foi uma coisa estúpida que fiz e tenho que viver com isso. Nós conversamos muito. Pude voltar a ficar com minha família. É uma parte da minha vida que preciso ter de volta", confirmou o nadador, que obteve oito medalhas de ouro em Pequim-2008, superando a marca de sete medalhas douradas de Mark Spitz, em Munique-1972.
Entretanto, apesar de ter sido apoiado por inúmeras organizações, como o Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Federação Internacional de Natação (Fina), o norte-americano ainda precisa encontrar uma solução para um possível processo do xerife Leon Lott, do condado de Richland, que afirmou que pode punir Phelps pelo uso de uma substância ilegal.