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Ex-técnico de atletismo dos EUA morre aos 91 anos

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postado em 06/02/2009 09:32
O ex-técnico de atletismo norte-americano Payton Jordan morreu nesta quinta-feira, aos 91 anos, vítima de câncer. Ele foi responsável por uma das principais equipes de atletismo dos Estados Unidos, a que disputou a Olimpíada de 1968, na Cidade do México, conquistando 24 medalhas, sendo 12 de ouro. Naqueles Jogos, Jordan teve um trabalho extra: evitar o boicote de vários atletas negros, que ameaçavam não disputar a Olimpíada por causa do racismo no país. No México, brilharam astros como Bob Beamon, que anotou o recorde mundial do salto em distância, com 8,90 metros, que durou 23 anos, e Lee Evans, vencedor dos 400 metros rasos com 43s86, recorde mundial por 20 anos. "Nós sentamos e conversamos sobre o quanto tínhamos trabalhado para chegar a aquele momento único na vida", contou o ex-treinador em 1989, em entrevista ao jornal Los Angeles Times. Jordan só não conseguiu impedir a manifestação de Tommie Smith e John Carlos, respectivamente ouro e bronze nos 200 metros rasos. Os dois subiram ao pódio de meias, ergueram o punho e baixaram a cabeça enquanto tocava o hino americano, manifestação ligada ao grupo Panteras Negras. Os dois acabaram banidos dos Jogos e tiveram suas medalhas cassadas. Atleta por vocação, Payton Jordan quebrou recordes mundiais de atletismo na juventude, em corridas medidas em jardas, e jogou futebol americano antes de virar técnico. Depois de se aposentar voltou a correr, em provas para veteranos. Ele é até hoje o recordista mundial dos 100 metros rasos, tanto na categoria de 70 a 74 anos (12s72, tempo feito em 1987) quando na de 80 a 84 anos - tempo de 14s35, anotado em 1997, quando já tinha 80 anos.

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