postado em 06/02/2009 19:09
O Vasco corre o risco de perder até seis pontos na primeira fase deste Carioca. O Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) entendeu que o clube de São Januário escalou o meia Jéferson de forma irregular no jogo contra o Americano, na estreia da equipe na Taça Guanabara, e o caso será julgado na próxima terça-feira.
O Cruzmaltino foi denunciado pelo Procurador-Geral do TJD-RJ, André Luiz Valentim, que alegou ausência do nome do jogador no Boletim Informativo de Registro de Atletas (Bira) da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) no dia da partida.
Se for punido, o time de Dorival Junior, que é líder do grupo A da Taça Guanabara e pode até se classificar antecipadamente à semifinais se vencer o Fluminense no domingo, ficaria com três pontos, caindo para a lanterna da chave. Seguir no primeiro turno do Carioca seria uma missão quase impossível.
Devido à possível irregularidade de Jéferson, o Vasco foi denunciado no artigo 214 (incluir na equipe ou fazer constar da súmula ou documento equivalente, atleta que não tenha condição legal de participar de partida, prova ou equivalente) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), cuja pena prevê perda do dobro do número de pontos previstos no regulamento da competição para o caso de vitória e multa de R$ 1 mil a R$ 10 mil.
O problema é conhecido desde a contratação do camisa 10. O meia foi contratado por seu desempenho na Série B do Brasileiro de 2008 com a camisa do Santo André, mas atuou pelo clube paulista após ter brigado na Justiça com o Brasiliense. A equipe do Distrito Federal alega ainda ter contrato com o jogador, que abandonou o Jacaré em 2005 alegando falta de pagamento do fundo de garantia.
O caso é um imbróglio que chegou a ameaçar sua estreia no Vasco. Os cariocas, no entanto, conseguiram uma ação na Justiça Desportiva que liberava o armador. No entanto, na opinião de Paulo Valentim, a ação a favor do clube da Colina é inválida porque foi enviada no dia do jogo.
"O Vasco conseguiu uma liminar cassando o mandado de segurança obtido pelo Brasiliense que cancelou o contrato do jogador. O clube enviou um fax para a federação no próprio dia do jogo, 24 de janeiro, por volta das 16 horas. Mas, como não havia expediente, o documento não foi recebido e o nome do atleta ainda não constava no Bira na hora da partida. Por isso foi feita a denúncia", disse o Procurador-Geral do TJD/RJ ao Justiça Desportiva.