postado em 09/02/2009 12:28
O atacante Jorge Henrique não apenas defendeu Souza das críticas dos torcedores do Corinthians, como indicou ao técnico Mano Menezes a escalação do ex-flamenguista em todas as partidas da equipe.
Segundo Jorge Henrique, o Corinthians necessita de um jogador como Souza dentro da área adversária, mesmo que o seu companheiro de ataque não marque gols. "Hoje em dia, é preciso ter um homem de referência para definir as jogadas. Seria bastante complicado jogar sem ele", afirmou o ex-botafoguense, que assentiu com a cabeça e com um "sim" ao ser questionado se Souza é titular absoluto.
Souza chegou ao Parque São Jorge para ser a referência ofensiva da equipe pelo menos até que Ronaldo se recupere. Mas o artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2006, com 17 gols marcados, anotou apenas um no Campeonato Paulista - e porque o zagueiro Chicão cedeu uma cobrança de pênalti na goleada sobre o Oeste.
Os torcedores do Corinthians já perderam a paciência com Souza. Após o empate por 1 x 1 com a Portuguesa, sábado, no Pacaembu, parte do público gritou o nome do argentino Herrera, ídolo na temporada passada e atualmente no Grêmio.
"O Souza é um jogador experiente, que passa tranquilidade para a gente lá na frente. A bola dele não está entrando, mas ele vai continuar trabalhando para fazer os gols quando tiver as oportunidades. Tenho certeza de que o Souza do Rio de Janeiro ainda vai aparecer no Corinthians", advogou Jorge Henrique, que se acostumou a enfrentar Souza no futebol carioca.
Até o também ex-botafoguense Túlio, que discutiu publicamente com Souza após a polêmica do "chororô", criada na final da Taça Guanabara do ano passado, aposta no companheiro. "O Souza está tranquilo. Ele sabe que o futebol muda de uma hora para outra, principalmente na posição dele. Você é vilão em uma dia e heroi no outro", incentivou o volante.
No Flamengo, por exemplo, Souza também enfrentou cobranças de torcedores por ficar determinado período sem marcar gols. "Ele já viveu isso em outras ocasiões e tem consciência de que as coisas podem mudar no momento em que a bola começar a entrar. Isso vai virar", confiou Túlio.