postado em 12/02/2009 17:02
No prazo de 60 dias, o Ministério do Esporte promete apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma proposta de decreto para regulamentar a distribuição dos recursos de Lei Agnelo-Piva com a finalidade de beneficiar diretamente os clubes formadores de atletas olímpicos. O Ministro do Esporte, Orlando Silva, anunciou a medida na manhã desta quinta-feira (12/2), após reunião com representantes dos Clubes Formadores de Atletas Olímpicos.
"Entendemos ser legítimo e necessário o apoio aos clubes responsáveis pela formação dos nossos atletas olímpicos do País. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) é parte fundamental nesse processo, pela direção que ocupa nos destinos do esporte brasileiro, e participará das discussões sobre o novo decreto", disse Orlando Silva. A reunião dos representantes dos clubes, do COB e do Ministério será marcada após o carnaval, já que Carlos Arthur Nuzman, presidente da entidade, está fora do País.
A Lei Agnelo-Piva destina verbas provenientes de loterias para o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e para o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB). Os clubes querem ser incluídos entre os beneficiários do repasse. Orlando Silva espera contar com o apoio de Carlos Arthur Nuzman. "Tenho a impressão que o COB, como tem interesse de fortalecer os clubes que formam os atletas, deve apoiar esse decisão", declarou o Ministro dos Esportes.
Presidente da Confederação Brasileira de Clubes (CBC), Arialdo Boscolo esteve no encontro ao lado de Sérgio Bruno Zech Coelho, presidente do Minas Tênis Clube, Antônio Moreno Neto, presidente do Clube Pinheiros, Pedro Trengrousen, consultor jurídico do Flamengo, e Marcio Souza, vice-presidente do Conselho de Clubes Formadores de Atletas. Ricardo Leyser Gonçalves, secretário Nacional de Esporte e Alto Rendimento, também marcou presença.
Ségio Bruno, que também preside o Conselho Formador dos Clubes de Atletas Olímpicos, vê a mudança como um reconhecimento do trabalho desempenhado pelos clubes formadores. "Tivemos uma boa acolhida. O ministro Orlando Silva se mostrou muito simpático e, dentro disso, vamos buscar junto com o Ministério do Esporte e com o COB, inclusive, uma saída e uma solução para que nós que estamos na base e outros clubes, que nunca fizeram esporte e muitos que pararam de fazer, voltem a formar atletas para as nossas seleções", afirmou.
Já Bruno Zech lembrou o investimento feito pelos clubes formadores ao longo dos anos para justificar a reivindicação de uma parcela dos recursos angariados com a Lei Agnelo-Piva. "O número que a gente está pleiteando é proporcional a quantidade de clubes possíveis de serem beneficiados, algo em torno de 30% do total da Lei Agnelo- Piva", informou.