postado em 17/02/2009 17:05
O vice-presidente de futebol do Flamengo, Kléber Leite, convocou uma entrevista coletiva na manhã desta terça-feira para desmentir que tenha existido uma discussão no vestiário do time após o empate de domingo por 1 x 1 com o Botafogo, no Maracanã, devido aos atrasos salariais. Alguns veículos de imprensa do Rio de Janeiro divulgaram que o zagueiro e capitão Fábio Luciano teria gritado com o próprio Kléber durante a conversa. Porém, tanto o dirigente como o jogador negaram que isso tivesse acontecido.
"Na minha época de jornalista tive bons professores, que me ensinaram a checar a notícia. Quando era repórter de rádio era muito mais importante verificar a veracidade da notícia do que divulgá-la primeiro. Por isso me surpreendi com o noticiário de segunda-feira dando conta de uma briga no vestiário do Flamengo por causa dos atrasos salariais. Poucas vezes no futebol me deparei com uma pessoa tão educada e preparada como o Fábio Luciano. Portanto, a chance dele ser grosseiro é zero. Também posso ter vários defeitos, mas grosso não sou. Dessa maneira fica claro que não existiu nenhuma grosseria no vestiário do Flamengo", disse Kléber Leite ao lado de Fábio Luciano.
O dirigente revelou que realmente existiu uma reunião após o jogo contra o Botafogo, da qual, além dele e de Fábio Luciano, participaram o goleiro Bruno, o meia Ibson, o técnico Cuca e Plínio Serpa Pinto, diretor de futebol. Kléber Leite desabafou sobre a crise vivida pelo Flamengo.
"Temos que entender que estamos passando por uma crise mundial das mais sérias. Além disso, mesmo com o orçamento em dia muitas coisas acontecem. Às vezes a casa está arrumada, aparece uma dívida trabalhista de R$ 10 milhões e temos que pagar. Aí o planejamento vai para o espaço. Mas com certeza trabalho aqui não falta. Além disso, não estamos com dois meses de salários em atraso, pois o pagamento aqui é feito sempre no dia 25. Portanto, dois meses em atraso somente se não pagarmos até 25 de fevereiro", defendeu-se Kléber.
Fábio Luciano também conversou com os jornalistas e negou que tenha gritado com os dirigentes do Flamengo. "Não sou de gritar com ninguém, muito menos com os dirigentes do clube, que são meus chefes e com quem tenho uma relacionamento muito bom. Existiu uma reunião sim para falarmos de atrasos salariais. Mas ela demorou porque também abordamos vários assuntos, como, por exemplo, as semifinais da Taça Guanabara", esclareceu.
Certo é que os atrasos salariais estão gerando vários problemas de relacionamento na Gávea. Jogadores que vinham aceitando a condição de reservas já estão insatisfeitos, como os volantes Jônatas e Kléberson, que teriam cobrado Cuca.