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Para não repetir 1988, Sport Aposta na experiência

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postado em 18/02/2009 11:18
Base do ano passado mantida, poucas contratações e campeão do primeiro turno do torneio estadual. Assim como em 1988, o Sport tem o mesmo início de temporada em 2009, quando disputará pela segunda vez em sua história a Copa Libertadores da América. Prestes a estrear nesta quarta-feira contra o Colo-Colo, do Chile, em Santiago, o Leão se apoia na experiência para não repetir 88, quando não passou da primeira fase. Dos 25 jogadores inscritos, Igor, Bruno Teles, Fumagalli, Paulo Baier, Durval e Sandro Goiano já participaram do torneio atuando por outros clubes. O técnico Nelsinho Baptista, que disputou a Libertadores em 1974 pelo São Paulo como jogador, e comandou Corinthians, em 91, e Colo Colo, em 2000, como treinador, passa sua experiência de mais de 20 anos como técnico. Dois dos seis jogadores chegaram perto de disputar o Mundial da Fifa, conquistando o vice-campeonato. Em 2005, o zagueiro Durval, capitão e ídolo da torcida, perdeu para o São Paulo atuando pelo Atlético-PR, enquanto em 2007, vestindo a camisa do Grêmio, Sandro Goiano viu o Boca Juniors ser campeão no Olímpico. Além dos mais experientes, o Leão usou jovens para mesclar e fechar o grupo. Os atacantes Ciro, garoto revelação do time, e Guto, emprestado pelo Internacional, prometem dar a velocidade necessária ao time na frente. Apostando na Ilha do Retiro para conseguir os "10 ou 12 pontos necessários para a classificação", segundo o presidente do Conselho Deliberativo Milton Bivar, o Sport caiu no Grupo 1, considerado um dos mais difíceis. Para tentar chegar à inédita segunda fase, o time precisa enfrentar antes o campeão chileno (Colo-Colo, nos dias 17/2 e 22/4), a atual campeã do torneio (LDU, 4/3 e 29/4) e o time que até terça estava invicto nesta temporada (Palmeiras, 8/4 e 15/4). Lembrando a boa campanha de 2008, o clube confia na mística da camisa e na campanha que levou o time para a Libertadores para passar por um dos maiores desafios de sua história. "O Sport se supera quando joga contra equipes tradicionais. Na Copa do Brasil do ano passado foi assim. Eliminamos, Internacional, Palmeiras, Vasco e Corinthians", lembrou Bivar. Retrospecto na Libertadores Em toda sua história, o Sport disputou seis jogos pela Libertadores. Com José Amaral no comando, o time, que teve a base montada por Leão no ano anterior, perdeu três jogos, empatou um e venceu dois. Na regra da época, dois clubes de cada país intergravam cada chave e, em 1988, o Grupo 5 contou com dois brasileiros e dois peruanos. Na presidência do Rubro-negro na época, Homero Lacerda, hoje na oposição, culpa a falta de estrutura pela má campanha. "O Sport não tinha renda nenhuma. Não tinha dinheiro do clube dos 13, da Globo, dos patrocinadores. Não tinha nada. Só dinheiro de dirigente. Não dava pra montar um time para a Libertadores", defendeu. Logo na estréia, na Ilha do Retiro, o Leão sucumbiu frente ao Guarani de Evair por 1 x 0. Duas semanas depois, em Lima, outra derrota: 1 x 0 para o Universitário. Aproveitando a estadia na capital peruana, os pernambucanos conseguiram sua primeira vitória no torneio contra o Alianza Lima fazendo o único gol da partida. Em um jogo que poderia decretar a reviravolta na competição, o time retornou ao Brasil para pegar novamente o Guarani, mas perdeu: 4 x 1 e as chances de classificação começaram a ficar remotas.Na quinta rodada o Sport fez valer a Ilha do Retiro e goleou o Alianza por 5 a 0 em um jogo histórico. Por causa do triunfo, os pernambucanos chegaram ao último jogo com chances de classificação. Com uma partida a menos, o Universitario tinha que perder contra o Leão e, depois para o Guarani. No entanto, dois empates, 0 x 0 e 1 x 1, respectivamente, encerraram precocemente a primeira participação do Sport na Libertadores.

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