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Por causa de crise financeira, Uefa quer limitar gastos de clubes

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postado em 18/02/2009 13:45
A crise financeira mundial chegou até o futebol. Preocupado com a situação atual dos clubes europeus, que perderam em patrocínios e transferências, o presidente da entidade, Michel Platini, defendeu medidas que restrinjam os gastos dos times em salários e contratações. A ideia é evitar que se repita novamente a oferta do City por Kaká, que ofereceu %u20AC 100 milhões ao Milan e %u20AC 100 milhões ao próprio jogador em salário e luvas. A grande quantidade de dinheiro inflaciona o mercado e favorece aos bilionários, que podem controlar cada vez mais um número maior de clubes. "Os clubes europeus estão alertando que o sistema financeiro atual do futebol está correndo risco de entrar em colapso a médio prazo. Atualmente, estamos estudando como limitar, em certo grau, as despesas do clube, incluindo transações de jogadores e salários, em relação ao que o clube fatura", afirmou o ex-jogador da seleção francesa em discurso no Parlamento Europeu. A proposta de Platini é limitar as despesas com salários e contratações a apenas 50 ou 60 % das receitas dos clubes. Para evitar o aporte dos grandes investidores, seriam consideradas apenas a renda vinda de patrocínios, cotas de televisão, ingressos e etc, não contando com investimento dos donos do time. No entanto, a Uefa deverá enfrentar forte oposição da Associação Européia de Clubes, que representa 137 times do continente, incluindo Manchester United e Real Madrid. O órgão já se declarou contrário à ideia e tem grande força política no futebol do Velho Continente. Platini, por sua vez, defendeu seu pontos de vista se utilizando do recém-eleito presidente norte-americano Barack Obama. "Nos últimos 15 ou 20 anos tenho ouvido que o Mercado é autoregulador e que não são necessárias regras. Mas sabemos que isso não é mais verdade. No futebol, e na economia em geral, o mercado é incapaz de corrigir seus próprios excessos. E quem diz isso não é o presidente da Uefa, mas Barack Obama."

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