postado em 21/02/2009 15:28
O inferno astral do Vasco parece não acabar. Poucos meses atrás, foi rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Quando parecia que conseguiria uma reabilitação, classificando-se para as semifinais da Taça Guanabara, sofreu um duro revés ao perder seis pontos por escalar um jogador (Jéferson) irregular na primeira rodada do Campeonato Carioca, ficando de fora das decisões do primeiro turno. Agora, a torcida cruzmaltina recebe mais uma triste notícia: devido a dívidas do clube, o time da Colina teve R$ 98.333,79 (37% do total) da renda obtida no Estadual penhorados para a quitação de compromissos.
A renda total que o Vasco somou, nos sete jogos disputados, foi de R$ 1.269.050,00. Em cada uma das partidas que a equipe cruzmaltina disputou na Taça Guanabara, uma fatia dos lucros (descontados impostos, despesas e parte a qual o adversário tem direito) foi penhorada para o pagamento de dívidas. Tiveram alguns extremos, como na partida contra o Madureira, quando o time da Colina teve confiscados irrisórios R$ 259,83 dos R$ 87.161,00 de renda bruta da partida. O outro lado foi no clássico contra o Fluminense, quando a equipe de Dorival Júnior perdeu R$ 35.301,21 da renda bruta de R$ 694.374,00. No primeiro caso a renda liquida obtida pelo Vasco foi de R$ 1.039,30 e no segundo, foram R$ 141.204,84 de lucro.
Em duas partidas, a situação do Vasco foi mais dramática. Na segunda partida que o clube disputou no Estadual, contra o Tigres, a renda bruta do jogo foi de R$ 54.880,00. Os cruzmaltinos tiveram penhorados R$ 14.400 e, assim, nada lucraram com a partida. No jogo seguinte, a mesma coisa aconteceu. Vasco e Duque de Caxias se enfrentaram e o espetáculo rendeu um total de R$ 116.445,00. O time da Colina teve confiscados R$ 25.786,31 e mais uma vez ficou sem um centavo no bolso.
O único caso que o Vasco não teve uma parte da renda penhorada não foi exatamente por motivos que mereçam comemoração. No duelo contra a Cabofriense, os custos de organização superaram os lucros obtidos com o evento e, assim, a equipe cruzmaltina levou um prejuízo de R$ 1,730,00.
Agora, tudo que o clube de Roberto Dinamite quer é passar a viver uma nova fase. Deixar jogadores irregulares, pontos perdidos na justiça e rendas penhoradas para trás e conseguir se classificar para as finais da Taça Rio, fazer uma boa Copa do Brasil e assim começar com moral o caminho para alcançar seu maior objetivo no ano: vencer a série B do Campeonato Brasileiro e voltar para a elite do futebol do país. Esse é o local ao qual a torcida cruzmaltina está acostumada.