postado em 23/02/2009 10:24
Promessa feita, promessa cumprida. Conforme Ross Brawn havia adiantado, uma posição oficial da Honda foi tomada nesta segunda-feira. Porém, ela não é nada otimista: segundo Takeo Fukui, chefe-executivo da montadora japonesa, "não há um comprador sério" para a estrutura do time na Fórmula 1.
"Houve várias ofertas, mas nenhuma realmente séria. O processo de venda está difícil", admitiu o Fukui, que será substituído por Takanobu Ito no cargo de CEO da empresa. Neste domingo, em entrevista ao jornal News of the World, o chefão da Fórmula 1, Bernie Ecclestone afirmou que a Honda negou uma oferta sua de milhões de libras para fazer o time se alinhar no Mundial 2009.
O pessimismo da Honda é uma péssima notícia para dois brasileiros, Bruno Senna e Rubens Barrichello. Dado como praticamente certo no time caso o espólio da Honda sobreviva, o sobrinho de Ayrton Senna pode ser ver obrigado a arrumar uma vaga de última na GP2 para não ficar parado. Já o veterano, que ainda sustenta esperanças de continuar na categoria, pode ser obrigado a se aposentar.
Nos últimos dias, especulou-se sobre o interesse do milionário Richard Branson, dono do grupo Virgin, na escuderia, mas o próprio empresário reconheceu que esta é uma possibilidade muito difícil de se concretizar - os problemas, de acordo com ele, são os altos custos da Fórmula 1 e a falta de uma "consciência" ambiental na categoria.
A Honda corre contra o tempo, já que o Mundial 2009 começa em 29 de março, na Austrália e, apesar de a fábrica de Brackley continuar funcionando, o novo carro sequer já foi testado na pista. Acertada como fornecedora de motores do time, a Mercedes também tem pressa para fechar a negociação, sob ameaça de desistir do acordo.
Um dos fatores que fazem com que a Honda insista em tentar vender o espólio da equipe de Fórmula 1 são os altos custos originários da possível demissão e do fechamento da fábrica do time na Inglaterra.