postado em 23/02/2009 21:01
Dos 11 gols que o Palmeiras sofreu em 2009, cinco foram originados em jogadas de bolas alçadas na área alviverde: duas delas, aliás, aconteceram nas duas últimas partidas da equipe. Para evitar o 'caos' que atormentou a zaga de Wanderley Luxemburgo na última temporada, os jogadores do Verdão pregam a atenção redobrada tanto na marcação como na trajetória dos cruzamentos.
"A gente sabe que a bola parada é muito importante hoje em dia e é também a jogada mais difícil de ser marcada", analisou o zagueiro Marcão, contratado junto ao Internacional e que deve estrear pelo Palmeiras contra o São Caetano nesta quarta-feira, pela décima rodada do Campeonato Paulista.
O defensor de 33 anos, que substituirá o suspenso Danilo na defesa alviverde, orientou seus companheiros sobre o segredo para neutralizar as jogadas aéreas adversárias. "Você tem que ter um olho no peixe e outro no gato", discursou Marcão.
"Temos que ter um olho no adversário para encaixarmos a marcação e não deixar ninguém sozinho, só que também é preciso acompanhar a bola, que é mais difícil. E o atacante também já sabe onde a bola vai estar, então nós na defesa precisamos fazer as duas coisas", recomendou.
Sem Marcão e nem as preciosas dicas do zagueiro, o Palmeiras desperdiçou três pontos nas últimas duas partidas por conta dos gols sofridos de cabeça. Contra a LDU em Quito pela Copa Libertadores da América, Walter Calderón marcou o primeiro gol da vitória por 3 a 2 dos equatorianos. No sábado, Christian escorou de cabeça no meio da zaga alviverde e decretou o empate da Lusa por 2 a 2 no Canindé pelo Paulistão.
Presente em ambos os jogos em questão, o meia Cleiton Xavier não é responsável pela marcação direta nas bolas aéreas, mas manteve as receitas de Marcão. "É difícil eu ir para dentro da área nessas jogadas, mas sei que qualquer desvio no caminho deixa o goleiro sem reação. No entanto, estamos trabalhando e temos mesmo que olhar o adversário e também a bola", complementou o camisa 10, de 1,75m de altura.