Jornal Correio Braziliense

Superesportes

Villarreal domina a partida, mas apenas empata com o Panathinaikos

;

Nesta quarta-feira (25/02) o Villarreal recebeu o Panathinaikos pela primeira rodada das oitavas-de-final da Liga dos Campeões. Apesar de pressionar o jogo inteiro, o "Submarino Amarelo" apenas empatou com o time grego, considerado a zebra da competição até agora. Para comprovar o domínio "amarillo", a posse de bola na partida chegou a ser de 70% para a equipe da casa, que atacou sem parar. A equipe de Marcos Senna sofreu um gol num lance isolado, um chute de longa distância de Karagounis aos 15 minutos da segunda etapa. No entanto, a alegria do Panathinaikos durou pouco, já que Rossi converteu um pênalti sofrido por Pires cinco minutos depois. Apesar de ser considerado o jogo "mais fraco" das oitavas-de-final da Liga dos Campeões, a partida gerou muita expectativa nos dois clubes. Mais de três mil gregos viajaram para a Espanha, e muitos nem entraram no estádio El Madrigal lotado. O Panathinaikos iniciou a partida em um esquema tático defensivo. Com três zagueiros, dois alas, dois volantes de marcação, entre eles o brasileiro Gilberto Silva, e apenas três jogadores de vocação ofensiva, o treinador Henk ten Cate apostou suas fichas no contra-ataque. Já o Villarreal entrou na partida em um 4-4-2 clássico, com Marcos Senna e Eguren como volantes e Cazorla e Ibagaza como meias, servindo os atacantes Rossi e Llorente. O "Submarino Amarelo" também começou o jogo com modificações nas laterais, com Bruno no lugar do lesionado Capdevilla. Com o domínio da posse de bola, o Villarreal estabeleceu um forte ritmo de jogo, sempre pressionando o adversário. Aos 20, Rossi tabelou com Llorente na área, mas o zagueiro Vintra se antecipou ao último passe, que deixaria o italiano na cara do gol. Aos 23, Ibagaza bateu falta quase da linha de fundo, o volante Eguren subiu sozinho em meio à defesa grega e cabeceou, mas a bola passou rente à trave. Em busca do primeiro gol, o Villarreal atacava insistentemente. Aos 27, Ibagaza arrancou e deu um bonito passe para Rossi, na frente do gol, mas o italiano bateu em cima do goleiro. Aos 30, o mesmo Ibagaza, que fez bela partida, chutou de fora da área, colocado, mas a bola passou raspando a trave esquerda. O primeiro tempo inteiro foi de domínio da equipe da casa. Apesar de ter melhorado nos quinze minutos finais, o Panathinaikos só assustou em duas ocasiões. Uma aos 13 minutos, em que, após escanteio, o atacante Mantzios chutou para fora. A outra chance do time grego foi aos 25, com Karagounis, que após boa jogada individual teve seu chute bloqueado por Godín. Ao final da etapa inicial, apesar do time espanhol ter criado mais, foi o Panathinaikos chegou a um "gol", não assinalado, primeiro. Em jogada polêmica, Karagounis bateu de muito longe e Diego López defendeu. No entanto, o goleiro parecia estar atrás da linha do gol. Gilberto Silva reclamou que a bola havia entrado, mas a arbitragem não assinalou o possível gol grego. A primeira etapa do "Submarino Amarelo" foi avassaladora. Com pelo menos cinco claras chances de gol e 13 chutes, faltou sorte à equipe da casa. O Panathinaikos se limitou a defender-se, e só resta lamentar pelo suposto gol não marcado. No intervalo, o técnico ten Cate fez uma alteração, buscando maior ofensividade e poder de contra-ataque. O holandês tirou o zagueiro Goumas, qua já tinha cartão amarelo, e colocou Gabriel, lateral ex-Fluminense. O Villarreal voltou para a segunda etapa querendo a vitória. Nos primeiros dez minutos, o time amarelo criou muitos espaços e chutou quatro vezes ao gol de Galinovic, enquanto o Panathinaikos nem chegou perto da área de Diego López. Porém, quando chegou, o time grego não perdoou. Aos 15 minutos do segundo tempo, Karagounis, melhor jogador do Panathinaikos até então, fez um golaço. O atacante arriscou de muito longe, uma pancada de perna direita, e a bola foi no ângulo. Perdendo a partida e com um panorama muito complicado à vista, Manuel Pellegrini fez duas alterações logo após o gol grego. Colocou Pires e Nihat nos lugares de Eguren e Llorente. No entanto, a alegria do Panathinaikos durou pouco. Apenas cinco minutos depois, Pires, que havia acabado de entrar, caiu na área, e o juiz assinalou pênalti. Giuseppe Rossi bateu e converteu, empatando a partida e dando novas esperanças à torcida no El Madrigal. Para incendiar ainda mais a partida, Pellegrini tirou Ibagaza e colocou Cani, querendo dar mais fôlego à equipe espanhola. Durante todo o segundo tempo, o Villarreal atacou impiedosamente, mas esbarrou na defesa grega, que se segurava como podia, na falta de sorte e no goleiro Galinovic. Ao final da partida, Karagounis, autor do gol grego, saiu machucado, e Sapingidis entrou para fechar o meio e conter a cada vez mais forte pressão "amarilla". A última chance do Villarreal foi mais uma vez com Rossi, que quase virou a partida. O atacante girou no meio da área e bateu de esquerda, e mais uma vez a bola passou raspando. Após ganhar de Internazionale e Werder Bremen na primeira fase, o Panathinaikos surpreende mais uma vez, e vence fora de casa. Agora, a equipe espanhola precisa vencer a partida de volta, dia 10 de março, em Atenas.