postado em 26/02/2009 00:08
A noite no tapete verde do Olímpico foi quase como esperada. A estreia do Grêmio na Libertadores foi um sucesso de bilheteria. A atuação em campo foi boa, empolgou. Mas a bola não entrou e o 0 x 0 com a Universidad do Chile foi o resultado de uma aventura eletrizante.
O Tricolor iniciou a sua busca pelo principal título do futebol Sul-americano com vontade. Foram diversas oportunidades criadas. Porém, nenhuma chegou às redes. Além de um ponto conquistado, deixando os gaúchos no segundo lugar do Grupo 7, os gremistas ganharam um Oscar nada desejado: o de gols perdidos. O prêmio de estrela da noite fora para o goleiro chileno Pinto. Como coadjuvante a vencedora foi a trave.
A partida teve cara de goleada. O Grêmio foi superior o tempo todo, apresentou bom futebol. Celso Roth optou por escalar Jadilson na ala-esquerda deixando o time mais ofensivo. Nada disso bastou para trazer a vitória. As defesas do arqueiro adversário, somadas às bolas que tiveram como destino a trave mantiveram o placar zerado até o fim.
Os dois clubes voltam à Libertadores em março. O Grêmio entra em campo no dia 11, quando irá enfrentar o Boyacá Chico. Já o Universidad do Chile tem disputa na próxima semana contra o Aurora, em casa. Até lá, ambos voltam-se para os campeonatos locais. Na sexta, o Tricolor brigará por uma vaga na decisão do primeiro turno do Gauchão contra o Veranópolis. Pelo Torneio Apertura, os chilenos receberão o Municipal de Iquique, no sábado.
O jogo - O Universidad do Chile começou surpreendendo. Nos primeiros seis minutos de jogo, os visitantes foram ao ataque. Levantaram bola na área, contra-atacaram e finalizaram. Foi só. A força ofensiva logo foi domada e o perigo não rondou mais a defesa tricolor.
Com o domínio da partida, o Grêmio empilhou oportunidades, mas não marcou. Com vantagem constante dos alas Ruy e Jadilson sobre seus marcadores, o lado do campo foi bastante utilizado pelo time de Celso Roth. Em jogadas cujas origens foram pelo alto, Réver fez a bola passar perto do gol adversário em um par de oportunidades. O goleiro Pinto precisou se esticar todo duas vezes, em chutes de Tcheco e cabeçada de Jonas.
Por alguns minutos, a pressão foi abrandada. Porém, ela retornou dos minutos finais da primeira etapa. Alex Mineiro tentou de cabeça. Enquanto Souza arriscou de longe, parando na trave.
Ela seguiu empacando a vida gremista na estreia da Libertadores. Com 10 minutos da segunda etapa, a trave e o goleiro Pinto evitaram algumas vezes a abertura do placar. No primeiro lance, o goleiro defendeu cabeçada de Rafael Marques. Depois, espalmou tiro de Souza e a bola ainda estourou no poste.
Logo em seguida, Rafael Marques tentou duas vezes na mesma jogada. Em uma delas, o zagueiro tirou em cima da linha. No rebote, a finalização encontrou outro oponente no meio do caminho. No mesmo lance, Ruy bateu para Pinto e a trave deixarem mais uma vez o grito de gol preso nas arquibancadas do Olímpico.
Aos 24 minutos, Alex Mineiro teve a sua segunda chance da noite. Driblou o goleiro, mas chutou desviado, facilitando o desvio por parte do defensor chileno. Quatro voltas no relógio depois - quando La U tinha um jogador a menos devido à expulsão de Diáz -, Jonas foi derrubado na área, mas o juiz Martín Vázquez nada marcou.
Roth tentou um pacote de mudanças para evitar o empata, terminando o jogo somente com um zagueiro. Mas as mudanças não surtiram os efeitos pretendidos. A pressão virou pressa e o 0 a 0 virou realidade.