postado em 26/02/2009 10:39
Depois de 14 anos como profissional, a carreira de Carlos Moyá está chegando ao fim. Se já era especulada na imprensa espanhola, a possibilidade de aposentadoria agora foi ventilada pelo próprio tenista de 32 anos, que voltou a decepcionar em 2009 ao cair na segunda rodada do Torneio de Acapulco.
Sem sorte nos eventos de quadra dura disputados nesta temporada - só venceu um jogo entre Chennai e o Aberto da Austrália -, Moyá esperava que pudesse elevar o nível em seu piso preferido, o saibro. Porém, nem o fato de tradicionalmente se dar bem na América do Sul ajudou o espanhol que, após ter se despedido na estreia em Buenos Aires, caiu cedo também no México, perdendo por 6/4 e 7/5 nesta quarta-feira para o argentino Leonardo Mayer.
Aos 32 anos de idade e desde 1995 como profissional, o antigo número 1 do mundo já começa a falar em aposentadoria. "Não sei até quando vou seguir, minha prioridade é voltar a estar saudável porque a cada ano o circuito se endurece", disse ele, que vem convivendo com constantes dores na perna. "Agora quero parar para curar a lesão e não voltar até que isso aconteça".
Desde 1996 no top 70 do ranking de entradas, Moyá só deixou o grupo dos 50 melhores tenistas do mundo por uma vez desde 2001 - passou uma semana em setembro do ano passado como o 61º colocado antes de subir de novo. Sem mais grandes metas na carreira, o representante de Maiorca afirma que enfrentar de igual para igual atletas 10 anos mais novo que ele ainda o motiva.
"Essas são grandes satisfações, porque eles são muito mais jovens. O mais difícil nos últimos anos foi permanecer em cima, porém mantive um bom ranking que me permite jogar os grandes torneios sem passar pelos qualificatórios. Isso compensa a quantidade de viagens e a ausência da minha família", concluiu.