postado em 01/03/2009 18:10
O Santos está de volta ao G-4 do Campeonato Paulista. Neste domingo, na Vila Belmiro, apesar de não contar com o artilheiro Kléber Pereira, o time foi superior ao São Paulo durante quase todo o tempo e, com um gol de Molina, saiu de campo com uma merecida vitória por 1 a 0.
O resultado, além de levar a equipe de Vágner Mancini de volta ao G-4 do Campeonato Paulista, agora com 20 pontos, dois a mais que a Portuguesa, que no sábado foi derrotada pelo Barueri, também foi responsável pela quebra de dois tabus.
O primeiro, mais curto, datava de março de 2008. Desde esta data, quando bateu o Corinthians por 2 a 1, o Peixe não saboreava uma vitória em clássicos, acumulando três derrotas para o Palmeiras e dois empates diante do próprio São Paulo.
Em confrontos contra o time do Morumbi, o tabu derrubado foi mais longo. Nos últimos sete jogos, disputados desde 2006, o Santos acumulava quatro derrotas e três empates diante do Tricolor.
Na próxima rodada do Paulistão, sábado, o Santos enfrenta o Oeste, no Pacaembu, em jogo cujo mando será do time do interior. O Tricolor, por sua vez, entra em campo no domingo, para encarar o Mogi Mirim, em Mogi. Antes, porém, tem compromisso pela Libertadores da América, quinta-feira, na Colômbia, diante do América de Cáli.
O jogo: Apesar de ter entrado em campo com três zagueiros e somente um atacante de origem, o contestado Roni, o Santos iniciou o clássico sufocando o São Paulo e criando as melhores oportunidades de gol, principalmente pelo lado esquerdo, através da velocidade de Madson.
Enquanto esteve em campo, o experiente Léo também foi peça importante dos donos da casa. Dos seus pés, aos 12 minutos, saiu um cruzamento perfeito para Roni, que só não fez o gol graças à antecipação de Rodrigo, que travou o chute do santista na hora certa.
Antes de pedir para ser substituído por conta de dores no joelho esquerdo, Léo ainda salvou gol certo do São Paulo. Jorge Wagner cobrou escanteio, Washington subiu mais do que o trio de zaga do Peixe e cabeceou para baixo, mas o camisa três, em cima da linha, evitou a abertura do placar.
Quando o São Paulo passou a pressionar e chegar mais perto do gol, quem balançou a rede foi o Santos. Roni mandou para a área de voleio e Molina, com um chute forte, fuzilou Rogério Ceni, aos 40 minutos: 1 a 0 e vantagem garantida na descida para os vestiários.
O São Paulo voltou para a etapa final com mais um titular, Zé Luis, que substituiu Wagner Diniz na ala direita da equipe. E conseguiu pendurar todo o tripé defensivo do Santos logo no primeiro minuto, quando Fabão recebeu seu cartão amarelo. A primeira grande oportunidade, no entanto, foi do Santos.
Luizinho recebeu na direita e avançou em velocidade. Ao cruzar para a área em direção à Molina, livre, se desesperou ao ver Roni tirar a bola dos pés do colombiano e estragar o ataque. Na sequência, aos 13 minutos, após novo cruzamento de Luizinho, André Dias tentou cortar e mandou no travessão, quase marcando um lindo gol contra.
A partir deste momento, o São Paulo, com Júnior César em campo no lugar de Hugo, partiu definitivamente em busca do empate e criou duas excelentes oportunidades, ambas com Dagoberto, que primeiro parou em Fábio Costa e depois viu a bola triscar o poste esquerdo.
A pressão dos visitantes aumentou ainda mais depois que Vágner Mancini foi obrigado a sacar Molina, com dores na coxa, para a entrada do volante Germano. Acuado, o Peixe apostava somente nas bolas paradas, enquanto os zagueiros limpavam a área para o lado onde estavam virados.
A tática, se assustou demais aos torcedores nas arquibancadas, acabou se mostrando eficaz dentro das quatro linhas. Com raça, o Peixe fez tudo para segurar o resultado positivo e segue invicto sobre o comando de Vágner Mancini.