postado em 02/03/2009 16:32
Por meio de nota divulgada nesta segunda-feira, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto negou que tenha havido um contato entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o pugilista cubano Erislandy Lara, um dos desertores dos Jogos Pan-Americanos de 2007.
"Lula me ofereceu a chance de ficar no Brasil, mas eu não quis". Foi assim que Lara, em entrevista exibida pela TV Globo no último domingo, garantiu que não foi obrigado a viajar à Cuba pela polícia brasileira, e sim preferiu retornar visto que não tinha mais condições de se encontrar com representantes de uma empresa alemã que passaria a gerenciar a sua carreira.
Na época, as condições da deportação do atleta para seu país não ficaram esclarecidas, ainda que o chanceler cubano Felipe Pérez Roque tenha dito que o Brasil 'propiciou e organizou' o retorno dele ao lado de Guillermo Rigondeaux, outro pugilista que deveria defender as cores cubanas no Rio de Janeiro. Se a assessoria de imprensa do Itamaraty preferiu manter a forma de negociação sob sigilo, informou que Lula jamais encontrou-se com Lara.
Também nesta segunda, o ministro da Justiça, Tarso Genro, assegurou à Folha de S.Paulo que os membros da delegação cubana no Pan tiveram a oportunidade de permanecer no país. Entretanto, também não entrou em detalhes sobre o caso.
"O cubano não ficou no Brasil porque não quis, os colegas dele ficaram", disse Genro, confirmando parte das declarações de Lara e se referindo a outros representantes da ilha que pediram asilo e permaneceram no país - Rafael da Costa Capote (handebol), Michel Fernandez Garcia (ciclista) e Lazaro Ramirez (treinador).