postado em 02/03/2009 17:01
A Bombonera festejou neste domingo o histórico gol do centroavante Martín Palermo, que abriu caminho para a vitória do Boca Juniors sobre o Huracán por 3 x 1 pela quarta rodada do Campeonato Argentino. Ainda recuperando-se de lesão, o camisa 9 entrou como titular na partida e se consolidou como o segundo maior artilheiro da história do clube.
Palermo, que perdeu quase todo o segundo semestre de 2008 em recuperação de uma lesão nos ligamentos do joelho direito, pela primeira vez entrou como titular do Boca este ano. E o matador marcou seu gol aos 24 minutos do primeiro tempo, mostrando toda a presença de área: na pequena área, apenas desviou um cruzamento rasteiro da esquerda.
"Foi tudo muito rápido. Quando me dei conta, já estava na frente do travessão e sem goleiro na minha frente", relembrou Palermo, que na comemoração do histórico gol levantou a camisa e beijou o braço esquerdo, onde está tatuado o nome do falecido filho Stefano. "Se eu perdesse aquele gol, me matavam. Mas agora estou muito feliz e quero seguir marcando cada vez mais", complementou.
Com o gol, Palermo superou o atacante Francisco Varallo, que na década de 1930 marcou 194 gols pelo Boca Juniors (e que em fevereiro, completou 99 anos). O atual camisa 9 do Boca ainda está a 23 de se tornar o maior artilheiro da história do clube: o matador máximo é Roberto Cherro, que entre 1926 e 1938 marcou 218 com a camisa xeneize.
Depois das comemorações por Palermo, o Boca ampliou o placar na Bombonera aos 37 minutos do segundo tempo, com o atacante Luciano Figueroa - responsável também pelo gol final, aos 43. O Huracán descontara um pouco antes, aos 41, graças ao zagueiro Eduardo Domínguez. Foi a segunda vitória do Boca em quatro partidas no Torneio Clausura, e agora o time portenho ocupa a 12ª colocação do segundo turno do Campeonato Argentino, com seis pontos. Logo à frente, também com seis pontos, está o Huracán.
Equívoco:
Em 2008, a imprensa argentina havia colocado Palermo como o maior goleador da história do clube boquense ao marcar o gol de número 180 pelo time. Entretanto, uma recontagem feita pelo próprio Boca Juniors elucidou o erro e colocou o jogador como o maior artilheiro profissional na Bombonera (a modalidade era amadora até a década de 30).