postado em 03/03/2009 12:57
Quando Lucas Arnold Ker entrar em quadra no próximo sábado para enfrentar da Holanda, ele quebrará um jejum de cinco anos sem defender a Argentina na Copa Davis. Até aí nenhuma grande novidade, não fosse o fato de que nesse período o duplista tenha passado por um verdadeiro drama pessoal, superando um câncer no testículo para voltar a jogar tênis.
Número 21 do mundo em duplas em 2004, Arnold garante que tudo 'estava muito bom' em sua vida até o ano subsequente, quando terminou um casamento de dez anos e perdeu contato com seu filho. As notícias na vida íntima piorariam em agosto de 2006, quando ele foi diagnosticado com um câncer no testículo.
"Eu me senti muito sozinho e passei por cirurgia antes do US Open de 2006", lembrou o argentino nesta terça-feira, em entrevista coletiva às vésperas do confronto contra a Holanda. "Os médicos me disseram que o câncer tinha atingido também o meu estômago e os meus pulmões. Tive que fazer quimioterapia, foram os seis meses mais difíceis da minha vida", emendou ele, contando ainda que a reconciliação com a mulher, Iannina, foi essencial para passar pelos problemas.
De volta ao circuito profissional, Arnold chegou às finais dos torneios de Kitzbuhel, em 2008, e da Costa do Sauípe, neste ano, sendo recompensado com a volta à Copa Davis depois de cinco anos. Após ter ficado de fora da decisão do ano passado, quando os argentinos acabaram derrotados em Mar del Plata pela Espanha, mal acreditava que ainda teria vaga no time quando foi convocado pelo novo capitão, Modesto Vázquez.
"Sinto-me muito melhor agora. Tratei as coisas de uma forma fácil, e esta não é uma resposta, fazer parte da equipe somente me deixa feliz", diz ele, que deve atuar no próximo sábado em Buenos Aires ao lado de Juan Mónaco. "Nós temos jogados bem juntos, chegamos à final no Brasil e estamos prontos. Este torneio me motiva como nenhum outro", concluiu o tenista que, atuando por seu país, perdeu três das 12 partidas de duplas que disputou.