postado em 05/03/2009 17:15
Chefe da iSport, equipe com a qual Bruno Senna conquistou o vice- campeonato na temporada 2008 da Fórmula GP2, Paul Jackson classificou como um "desperdício" o fato de o brasileiro ter sido preterido na disputa por um dos assentos na Fórmula 1.
Senna perdeu a vaga no espólio da Honda para Rubens Barrichello: chefe do novo time, Ross Brawn preferiu apostar em um piloto experiente para a equipe em 2009, dada a pouca oportunidade de testes que a escuderia terá este ano. Com isso, o sobrinho do tricampeão mundial negocia com a Mercedes para correr na DTM este ano e, posteriormente, voltar à F-1 em 2010.
O dirigente ainda vê riscos na possibilidade de Senna correr pela DTM este ano - Jackson chegou a oferecer uma vaga para Bruno este ano, mas como o brasileiro estava negociando com a Honda a proposta acabou recusada. "Ouvi dizer que ele pode parar na DTM. Ok, ele vai continuar correndo, empregado e focado, mas é um desperdício de talento. É perigoso ele ficar fora por um ano, pois as pessoas tendem a esquecê-lo e eu odiaria ver isso acontecer", afirmou.
"Ele é muito, muito inteligente. Ele se daria melhor que muitos veteranos na resolução de problemas porque tem a mente aberta. Um monte de caras experientes olharia para o que viveu em anos anteriores, mas isso não é tão relevante agora", afirmou o dirigente, se referindo às profundas mudanças técnicas que a categoria passou este ano. "Não acho que seria um risco tão grande contratar Senna", destacou.
Jackson ainda criticou aqueles que pensam que Bruno não passa de uma jogada de marketing. "Por alguma razão, muitas pessoas não olham sério para ele. Acham que Bruno está lá por causa do sobrenome e porque ele tem acesso a vários patrocínios. Claro que isso ajuda, mas não faz ninguém guiar um carro tão rápido. Seria uma vergonha não vê-lo na Fórmula 1", acredita.
Sobre a possibilidade de Senna voltar à iSport, Jackson revelou que ela existe, mas é muito pequena. "Tudo é possível, mas é difícil porque ele está em um estágio para progredir e provar que pode estar na Fórmula 1. É lamentável ver a falta de testes e de possibilidades para jovens pilotos", finalizou.