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Em Turim, Juventus desafia invencibilidade do Chelsea pós-Felipão

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Além de necessitar de uma vitória a qualquer custo para seguir adiante na Copa dos Campeões, a Juventus terá uma missão extra diante do Chelsea, nesta terça-feira, na partida de volta das oitavas-de-final da competição: acabar com a invencibilidade do técnico Guus Hiddink. Desde que assumiu o comando do clube londrino no lugar de Luiz Felipe Scolari, o holandês disputou cinco partidas e acumulou cinco vitórias, dentre elas a sobre a Juventus no jogo de ida, em Londres, com um gol solitário marcado por Diddier Drogba. Para Cláudio Ranieri, primeiro treinador da 'Era Roman Abramovich' no Chelsea, mas hoje defendendo os interesses da Vecchia Signora, a arma para decretar a primeira vitória aos ingleses sob o comando de Hiddink é uma só: pressionar desde o começo. "Precisamos de um gol logo no início. Precisamos jogar como sabemos e contamos com o apoio de nossa torcida", pediu o técnico, emendando, na sequência, um comentário sobre a fase iluminada do holandês. "Guus Hiddink tem ótimos resultados, mas cedo ou tarde terá que perder", avisou. Sem poder contar com o volante malinês Sissoko, contundido, o treinador levará apenas uma dúvida para os vestiários, que envolve diretamente o modo de a equipe atuar. Se optar por Salihamidzic, mandará o time a campo no 4-4-2, mas se escalar Iaquinta, formará o time no 4-3-3, com Del Piero e Trezeguet completando o tripé ofensivo. Apesar de saber que começará o confronto entre os reservas, o atacante Amauri mostrou confiança em uma reviravolta diante dos ingleses e na conquista da vaga para as quartas-de-final da Champions. "O fato de jogarmos em casa anula a vantagem de um gol do Chelsea. Temos 50% de chances de passar à próxima fase", opinou o jogador, que também deu a receita aos companheiros para superar a forte defesa inglesa. "Eles permitem que você chegue correndo e esse é o ponto fraco do Chelsea. Somos capazes de passar pelos defensores e irmos para a cara do gol, mas, para isso, precisaremos ser muito rápidos". No time inglês, quem dificilmente reunirá condições de jogo é o atacante Anelka. Em fase final de recuperação de uma lesão no joelho, o jogador está longe da forma física ideal e não deverá ser aproveitado por Guus Hiddink. Com isso, as esperanças do técnico holandês estarão novamente depositadas nos pés do marfinense Diddier Drogba. Relegado à condição de reserva por Luiz Felipe Scolari, o jogador tem sido decisivo nas mãos de Hiddink e marcou três gols nas cinco partidas em que foi dirigido pelo treinador. "Não quero julgar o que aconteceu antes de eu chegar aqui, mas estamos fazendo um programa específico com ele. E esta valendo à pena", elogiou Hiddink. "Para mim, desde o primeiro dia, ele tem sido um cara que trabalha muito duro. Não tenho reclamações quanto sua atitude e compromisso com o clube", complementou o treinador, satisfeito com o rendimento de seu centroavante, que nesta terça terá a companhia de Salomón Kalou na frente. Para aumentar a segurança no meio-campo londrino, que dificilmente contará com Deco, Hiddink também confirmou a presença do ganês Michael Essien no jogo. De volta aos gramados após seis meses afastado, Essien atuou na vitória sobre o Coventry e conta com o apoio do treinador. "Ele está em forma agora e poderá ser titular", concluiu Hiddink. O equilibrado confronto entre Juventus e Chelsea também não permite palpites no campo das estatísticas. Se por um lado o time italiano conta com uma série de 13 partidas sem perder em seus domínios pela Copa dos Campeões, com dez vitórias e três empates, por outro traz no currículo um trauma: nas duas últimas vezes em que disputou a competição foi eliminado por ingleses (Liverpool em 2005 e Arsenal em 2006). FICHA TÉCNICA: JUVENTUS (ITA) X CHELSEA (ING) Local: Estádio Olímpico, em Turim (Itália) Data: 10 de março de 2009 (terça-feira) Horário: 16h45 (de Brasília) Árbitro: Alberto Undiano Mallenco (Espanha) Assistentes: Victoriano Diaz Casado (ESP) e Jesús Calvo Guadamuro (ESP) JUVENTUS: Buffon; Grygera, Mellberg, Chiellini e Molinaro; Marchisio, Tiago, Salihamidzic (Iaquinta) e Nedved; Del Piero e Trezeguet Técnico: Cláudio Ranieri CHELSEA: Petr Cech; Bosingwa, John Terry, Alex e Ashley Cole; Michael Essien, Lampard, Joe Cole e Ballack; Drogba e Kalou Técnico: Guus Hiddink