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Handebol brasileiro quer mais treinos, intercâmbios e repatriamento

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postado em 11/03/2009 13:05
A "senhora decepção" nas Olimpíadas de Pequim, como o próprio presidente da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) definiu a campanha nacional na China, provocou mudanças no esquema de trabalho das seleções nacionais. Novos treinadores da equipe, o espanhol Javier Cuesta e o dinamarquês Morten Soubak assumiram os cargos pedindo mais treinos, mais jogos contra seleções estrangeiras e até mesmo o repatriamento de alguns dos principais atletas. Este último ponto seria, inclusive, uma medida fundamental para que os dois primeiros objetivos sejam alcançados, já que os jogadores têm compromissos com os seus respectivos clubes e podem ter dificuldades para estarem à disposição. "Já estamos entrando em acordo com os clubes brasileiros para podermos adequar nossos treinos. Com as jogadoras que jogam no exterior, vai ser um pouco mais difícil, mas vamos tentar", destacou Soubak, que assumiu o time feminino. Cuesta, técnico do masculino e coordenador de todas as seleções, confessou que pode tentar um caminho mais pragmático. Ao invés de bater de frente com os clubes, ele disse que até mesmo pode apelar para uma conversa para convencer os principais atletas a voltarem a atuar no país. "Respeito a decisão pessoal de cada um, mas algumas ligas que têm brasileiros por aí são do mesmo nível que a nossa. Vamos ver o que podemos melhorar. Vou fazer uma lista de atletas e falar com quem está jogando no exterior", destacou o espanhol. Segundo Soubak, a prioridade agora também será jogar contra os melhores do mundo, ainda que seja para perder. "Com todo o respeito, mas se é para enfrentar times como Paraguai, é melhor treinar sozinho", afirmou. De acordo com o presidente Manoel Luiz de Oliveira amistosos contra a Espanha, tanto no masculino, quanto no feminino, já estão marcados para 2009. O dirigente ainda revelou que, a partir de 2009, a CBHb mais que dobrou suas verbas: de 6 milhões de reais para 13 milhões. "Conseguimos mais recursos com a Lei de Incentivo Fiscal e com um aumento de nosso patrocinador, a Petrobras", explicou. "Já temos verbas para bancar todas essas viagens", garantiu. Além disto, os dois técnicos são unânimes em afirmar que querem uma mudança de postura para o Brasil subir à elite do handebol. "É necessário ter atitude e agressvidade. Senão, a bola não entra no momento decisivo", avisou o experiente Cuesta.

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