postado em 19/03/2009 14:15
As especulações sobre uma possível saída de Ciro, atleta do Sport, para algum clube do exterior, não param. Nada ainda havia sido confirmado, até esta quarta-feira, quando Sílvio Guimarães, presidente do Leão, admitiu ter recebido uma proposta oficial pela jovem promessa. Mas a torcida rubro-negra pode ficar tranquila: os R$ 2 milhões por 30% dos direitos federativos, oferecidos por um empresário para contratar o atacante, estão muito distantes do valor que a agremiação de Recife deseja faturar com a transferência do jogador. Por enquanto, Ciro fica.
Além da proposta concreta que o Sport recebeu por seu atleta, o clube foi alvo de um "bolo". Um agente Fifa, que segundo o presidente Guimarães se chama Robson, marcou uma reunião com os dirigentes leoninos para tratar de uma possível negociação em relação a Ciro. Porém, o empresário simplesmente não apareceu. "Ele ficou de vir aqui por volta das 11 horas (desta quarta-feira), mas não deu as caras", afirmou Sílvio Guimarães.
Ciro vem justificando dentro de campo essa grande procura por seu futebol. O atleta é o artilheiro do Campeonato Pernambucano, com 11 gols. Além disso, foi o destaque da vitória do Leão em sua estreia pela Copa Libertadores da América. O jovem atacante abriu o placar para a equipe Rubro-negra diante do Colo Colo, em território chileno, e o clube de Recife saiu de Santiago com três pontos, tendo vencido por 2 a 1 o adversário internacional.
Sobre a possibilidade de perder a maior promessa do Sport, Sílvio Guimarães, presidente do clube, explica que se uma proposta boa for feita, não terá como segurar o jogador. "Eu não gostaria de vendê-lo neste momento. Mas se uma boa proposta chegar, vamos conversar. Todo clube grande hoje em dia, como Cruzeiro e São Paulo, levanta dinheiro com venda de jogadores. Não podemos ser diferentes, até porque se quisermos arrecadar renda apenas através do que faturamos nos jogos, não iremos a lugar nenhum."
Fator gerador de todos estes acontecimentos, Ciro tenta se manter o mais afastado possível da mesa de negociações. O atacante afirma que delega a parte extra-campo as pessoas que trabalham para ele. Mas lembra que quem manda em sua carreira, é ele. "Para isso que tem empresário: para tratar dessas coisas e eu poder me concentrar apenas em jogar. Quando algo bom aparecer, vamos analisar. E a palavra final vai ser minha."