Jornal Correio Braziliense

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Tenista hermafrodita causa polêmica no mundo da WTA

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O mundo feminino do tênis, comandando pela WTA (Associação das Tenistas Profissionais), está cercado de muitas polêmicas nesta temporada. Além da briga política-religiosa encabeçada pela israelense Shahar Peer, a questão sexual entrou em pauta na entidade. Nesta sexta-feira, treinadores e jogadoras pediram à entidade a exclusão da tenista alemã Sarah Gronert do circuito. Número 619 do mundo, a atleta nasceu com os órgãos genitais masculinos e femininos. Os acusadores alegam que a alemã leva vantagem devido à sua força e potência dos seus golpes. O grupo ainda afirma que Gronert possui um saque muito forte para o padrão do tênis feminino. Entretanto, a jogadora já deixou claro estar incomodada com a situação e, há três anos atrás, ameaçou abandonar o esporte. Quando pensou em largar as raquetes, Gronert cogitou passar por um processo cirúrgico para se tornar legalmente e clinicamente uma mulher, porém a WTA permitiu à atleta seguir sua carreira. A polêmica voltou à tona devido ao desempenho da alemã nesta temporada. Somente nestes três primeiro meses, Gronert conquistou os torneio de Raanana, em Israel, e Kaarst, na Alemanha. Devido ao bom retrospecto, a tenista tem grandes possibilidades de figurar entre as 50 melhores tenistas do ano na atualidade. "Quando ouvi sua história, estava em choque. Não sei se é justo que ela possa competir ou não. Ela tem uma vantagem, mas se é isso que a WTA decidiu, eles provavelmente sabem o que é o melhor", afirmou Tzoref Schlomo, treinador da israelense Julia Glushko, que sofreu nas mãos da tenista alemã na última semana. Além dos discursos de técnicos e jogadoras, a alemã sofre ainda com o preconceito de torcedores. "Isto não é uma mulher, é um homem. Ela não tem a força e nem a técnica de uma mulher. Saca como um homem. Isto é muito estranho", relatou e contou o treinador da atleta israelense.