postado em 23/03/2009 19:58
O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, compareceu na tarde desta segunda-feira ao CT Rei Pelé para colocar a sua versão dos fatos, com relação à confusão ocorrida no final do clássico do último domingo, no Pacaembu, em que o Corinthians derrotou o Peixe, por 1 x 0. O final do jogo foi marcado por muita confusão e o mandatário santista foi acusado de ter provocado parte da torcida corintiana que estava na numerada do estádio.
"Pelo que aconteceu, continuamos indignados. Parte desta repercussão, pelo incrível que pareça leva para imagens contraditórias, porque se você pegar as cenas quando de fato estamos nos dirigindo aos vestiário, nós ficamos revoltados com o que presenciamos. Fomos hostilizados. Agora, se você pegar o presidente revoltado, indignado com as cenas que viu e reagindo, desta forma, parece que as cenas são de responsabilidade única do Santos", justificou Teixeira.
Irritado com a situação, o dirigente continuou a se defender e foi além. Para o presidente santista, tudo isso poderia ter sido evitado se, desde o começo, as atitudes corretas, na sua opinião, tivessem sido tomadas no que se refere à carga de ingressos destinada ao Alvinegro Praiano, que ficou apenas com 6% da carga total de entradas que foram colocadas à venda.
"Primeiramente, estamos aqui para esclarecer que, como visitantes, algumas providências deveriam ser tomadas. Mas apenas uma delas foi aceita, que foi a redução do preço dos ingressos que estavam destinados para a torcida visitante, para que não houvesse a majoração do dobro com relação a local. Porém, as demais (providências) não foram feitas", comentou Teixeira, antes de reclamar do espaço destinado a torcida do seu time.
"Nós dizíamos que o melhor local seria o Tobogã. Ali, onde ficamos ontem (ao lado das numeradas), nós não temos acesso e nem condições de convívio entre as torcidas ou espaço suficiente para resguardar a integridade física da torcida visitante", afirmou.
Questionado se teria feito algo de que o envergonhou, posteriormente, Marcelo Teixeira justificou-se falando que, devido à situação que se apresentou, ele não se arrepende das atitudes que tomou.
"É incrível que depois digam que nós somos os responsáveis, pois aconteceram coisas que ninguém pode presenciar e filmar, como por exemplo, a maneira como eu sai do meu reservado: xingado, cuspido e chutado. Meus seguranças tiveram dificuldade para defender o seu presidente e a diretoria. Isso é de revoltar qualquer pessoa e por mais que digam que o presidente deva ter uma postura isenta, equilibrada, eu não sou diferente de qualquer um dos outros. Eu posso errar, mas nunca poderei me omitir", disse Teixeira.