postado em 24/03/2009 13:14
César Cielo e Thiago Pereira são os maiores destaques da natação brasileira no momento, mas, antes deles, Gustavo Borges já havia levado o nome do Brasil no lugar mais alto do pódio. O ex-nadador, que conquistou quatro medalhas olímpicas em sua carreira, lançará o livro infantil 'Tchibum!' voltado para o ensinamento dos fundamentos básicos da natação para as crianças, além de gerenciar a sua rede de academias. Entretanto, ele ainda se mantém ligado às notícias da natação mundial e comentou sobre o recente escândalo envolvendo o uso de maconha pelo nadador norte-americano Michael Phelps, que obteve oito medalhas de ouro nos Jogos de Pequim.
Perguntado se campeão olímpico estaria desmotivado, Gustavo Borges defendeu o astro. "Isso não tem nada a ver, porque foi um erro que ele já se desculpou. Ele estava na hora errada e no lugar errado. Mas isso isso foi algo isolado, acho que foi só um ato infantil", afirmou o brasileiro, que também revelou a sua descrênça em relação ao mito de que os maiôs fazem toda a diferença nas provas.
"O Phelps ganharia até se tivesse pelado. Por incrível que pareça, ele foi o que menos fez uso do (maiô) LZR Racer, já que, na maioria das vezes, só o usou para cobrir as pernas. Essa história de que os maiôs influenciaram não faz sentido algum. É muito exagerado. Mas vai continuar assim, com as empresas querendo sempre fazer algo diferente. Para se ter uma idéia, as Olimpíadas de 2000 e 2008 foram muito parecidas, como todas tiveram os seus recordes", afirmou.
Desde as Olimpíadas de 2008, o uso dos maiôs especiais vem sendo muito questionado pelos especialistas do esporte, pois eles estariam causando uma disputa desigual entre os competidores. Por causa disto, a Federação Internacional de Natação (Fina) decidiu acabar com a polêmica e regularizou o uso das vestimentas, criando um padrão que deverá ser seguido por todas as fabricantes. Entre as novas leis, estão a proibição do uso de dois maiôs ao mesmo tempo, e eles não poderão cobrir o pescoço do atleta e não podem se estender além dos ombros e dos tornozelos.
Na última semana, a sueca Therese Alshammar perdeu o recorde mundial conquistado nos 50m borboleta por ter usado dois maiôs ao mesmo tempo na prova. Esse caso recente motivou a criação de um complemento nas leis da Fina, que proibiu o uso de qualquer artefato no corpo do nadador, que não seja a vestimenta normal.