postado em 24/03/2009 17:52
Para o Vitória, o placar de 0 a 0 no clássico contra o Bahia, neste domingo, não foi justo. O Leão acha que foi prejudicado pelo árbitro Arilson Bipso, quando este não marcou um pênalti em cima do meia Ramon. Na visão rubro-negra, a falta do Tricolor dentro da área foi clara. Por isto e pelo fato do time de Mauro Fernandes ter tomado muitos cartões amarelos nos últimos clássicos, Jorge Sampaio, vice-presidente de futebol clube, mandou um documento para a Federação Baiana de Futebol, parte escrito e parte em vídeo, tentando comprovar sua tese que o Vitória está sendo prejudicados nos duelos com seu maior rival.
Arilson Bispo apitou três dos últimos quatro Ba-Vis. Nos últimos dois jogos que envolvem a maior rivalidade do Estado, o juiz aplicou 15 cartões amarelos na equipe do Vitória, contra seis para o Bahia. Na partida deste domingo, além do suposto pênalti em Ramon, o Leão reclama das punições com cartões amarelos sobre Apodi e Anderson Martins. Com isso, ambos estão suspensos da próxima partida do Rubro-negro, por já terem somado três cartões amarelos.
"Sempre apoiamos os árbitros locais, mas esperamos uma punição exemplar. É uma overdose de Arilson. Ele não tem condições de apitar um clássico com essa envergadura", protesta Jorge Sampaio em entrevista ao jornal Correio da Bahia.
O dirigente do Leão termina seu documento elogiando a Federação e os árbitros locais, mas dando o recado de que espera que algo seja feito. "Confiantes na competência e na lisura com que a administração de V. Sª vem conduzindo o Campeonato Baiano de profissionais, vimos externar o nosso inconformismo com a má qualidade da atuação do Sr. Árbitro (Arilson Bispo), certos de que serão adotadas as providências necessárias para que possa se mantida a confiança no quadro de árbitros dessa Federação", expressa-se Jorge Sampaio, dirigindo-se nominalmente a Ednaldo Rodrigues da Silva, presidente da entidade máxima do futebol no estado da Bahia.
Pivô de todas as reclamações do Vitória, o árbitro Arilson Bispo se defendeu. Em entrevista ao jornal Correio da Bahia o homem do apito lembra que não possui os mesmo recursos que as câmeras de televisão. "Realmente, o Ramon foi puxado. Mas o jogador estava de costas para mim. Quando alguém é puxado, normalmente cai para trás. O Ramon ajoelhou. O meu plano era diferente do da TV." Arilson termina se mostrando tranqüilo: "Trabalhar em um Ba-Vi é diferente. Eu fui bem e meus assistentes também."