postado em 25/03/2009 20:37
A seleção brasileira é patrocinada pela Nike e, por isso, utiliza dezenas de bolas da marca norte-americana nos treinos. Nesta semana, curiosamente, a equipe do Brasil está sendo obrigada a trabalhar também com o produto da principal concorrente, a Adidas. No jogo contra o Equador, domingo, em Quito, pelas Eliminatórias da Copa, a bola a ser utilizada será da fabricante alemã de materiais esportivos.
Foram disponibilizadas 20 bolas da Adidas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nestes dias de preparação na Granja Comary, em Teresópolis (RJ). E as opiniões sobre a bola são divergentes entre os jogadores da seleção. Enquanto os goleiros reclamam, os atacantes festejam. Afinal, explicam os atletas, ela é mais leve que a da Nike.
"Essa bola é rápida demais", comentou Julio Cesar, que vive a melhor fase da carreira. O goleiro da Internazionale lembrou que a tendência, nos mais de 2.800 metros de altitude de Quito, é de que a velocidade aumente ainda mais por causa do ar rarefeito.
Robinho, ao contrário, observou que para ele, Luís Fabiano e os outros atletas com a responsabilidade de finalizar, a bola mais leve é favorável. "Para quem joga na linha, é melhor, porque o chute sai mais forte", explicou o atacante.
A altitude de Quito voltou a ser assunto comentado entre os jogadores nesta quarta-feira, como ocorre sempre que há confrontos em regiões mais altas. A exemplo do que vem ocorrendo nos últimos anos, a seleção brasileira deixará para chegar à capital equatoriana apenas momentos antes da partida, no domingo - ficará concentrada em Guayaquil.
"Esperamos repetir o bom jogo que fizemos contra o Equador no primeiro tempo", afirmou Elano, referindo-se à goleada brasileira por 5 a 0 no Maracanã, em 17 de outubro de 2007, pela primeira fase das Eliminatórias da Copa, com uma grande atuação do trio Ronaldinho Gaúcho, Kaká e Robinho.