postado em 26/03/2009 20:20
O goleiro Fábio Costa apareceu no começo da noite desta quinta-feira na sala de entrevistas do CT Rei Pelé, ao lado de sua mulher, Mônica Costa, para esclarecer seu suposto envolvimento no caso que culminou com a morte da jovem Ana Cláudia Melo e Silva, de 18 anos, no último domingo. A suspeita é que o ex-marido de Ana Cláudia, o ex-jogador de futebol Janken Ferraz, de 29 anos, que teve passagem pelas categorias de base do São Paulo, seja o responsável pelo assassinato da mulher e de ter raptado o filho do ex-casal, Gabriel, de apenas um ano e oito meses.
O envolvimento do capitão santista se deu por conta de uma acusação de Janken Ferraz, preso nesta quarta em Teixeira de Freitas, interior da Bahia. Ele disse que o nome do goleiro estava registrado no telefone celular da vítima, com datas da semana passada e que os dois teriam trocado mensagens eletrônicas. Fábio Costa admitiu que conhecia a jovem, mas negou que teve qualquer tipo de envolvimento afetivo com Ana Cláudia.
"Foi ventilada toda uma situação em cima de um fato triste que aconteceu depois do jogo contra o Corinthians. Vim aqui para esclarecer esta situação, porque devo isso à sociedade e ao torcedor para que este assunto não ganhe maiores proporções. Eu conhecia a Ana da minha passagem pelo Corinthians (2004-2005), quando ela ia pedir autógrafos no clube. Depois disso, fiquei quatro anos sem vê-la. A gente teve contato poucos dias antes desse jogo, quando ela me pediu ingressos e perguntou se eu poderia cedê-los. Eu disse que poderia fazer esse favor, sem problema nenhum", disse Fábio Costa.
Apesar de confirmar que entregou as entradas a que tinha direito para Ana Cláudia, o goleiro negou que tenha visto a jovem nos últimos dias. "Nunca tive nenhum tipo de relacionamento com ela. Na situação em que ele (Janken Ferraz) está, ele vai jogar (a culpa) para cima de quem ele quiser. Assim como ela me conhecia, também conhecia outros jogadores. Eu cedi os ingressos, porque é uma coisa corriqueira, eu não tinha porque negar até porque eu não conhecia ninguém que fosse ao jogo. A minha responsabilidade termina a partir do momento em que o segurança entregou os ingressos para ela. Daí em diante, eu não tenho nada a ver com isso", contou.
Fábio Costa disse estar tranquilo e ficou à disposição da polícia caso tenha que prestar maiores esclarecimentos sobre o caso. "Não tenho nada para esconder. Quem me conhece, sabe o meu caráter. Sei das minhas responsabilidades. A gente fica triste porque mais um ser humano foi assassinado de forma trágica e pela criança. Particularmente, a minha vida vai continuar. Não acredito que o simples fato de o meu nome estar no telefone dela diga alguma coisa."